LIGHTS - 𝐒𝐀𝐍𝐎|𝐓𝐀𝐊𝐀𝐒𝐇𝐈

TRYING MY BEST - KAZUTORA

HERÓI OU VILÃO - O PASSADO DE KAZUTORA 

Estava anoitecendo e eu junto com os meninos resolvemos ir comer um lamen na casa de Baji, haviamos acabado de fundar nossa própria gangue e estavamos eufóricos, finalmente a Toman nasceu.

Jogamos nossas coisas no chão da casa do moreno e começamos a jogar video game, eramos jovens e sonhadores. Meus amigos tinham familiares incríveis e isso me causava um pouco de inveja, queria que minha família fosse mais unida como a deles e que eu tivesse um irmão ou irmã.

Me sentei ao lado de Pah-Chin enquanto meu celular tocava, era meu pai, tentei ignorar mas não conseguia. Rapidamente Manjiro olhou para mim com a sobrancelha arqueada e tomou o aparelho das minhas mãos antes que eu atendesse.

-Ei ! - Tentei pegar mas ele se esquivava e jogou para Draken que segurou firme.

- Vamos apenas aproveitar, depois você fala com seu pai - Disse indiferente. Ele não sabia como era minha relação com meu pai, apenas Baji que me olhou a espera de alguma reação.

- Mikey, devolve o celular dele - Finalmente meu melhor amigo se pronunciou - Não é legal se meter em problemas familiares.

- Nós iriamos aproveitar hoje, Keisuke - Se sentou ao lado irritado - Não temos que deixar os velhotes atrapalhar.

- Mas se for algo importante, ele precisa ir - Confirmei com a cabeça e logo Mikey resmungou mesmo contrariado devolveu.

Nesse pouco tempo pude vê que tinha cinco ligações dele. Respirei pesado pensando que poderia ter acontecido algo. Me levantei e fui correndo até a saída deixando minhas coisas do colégio para trás. Ouvi os meninos me chamarem mas não consegui ter coragem para olhar para trás, já sentia o pânico me dominar.

Cheguei em casa ofegante e um silêncio enorme ecoava pelos meus ouvidos. Chamei pelos meus pais mas eles não me responderam. Eu estava sozinho ? Não é possivel. Ao fechar a porta e caminhando até meu quarto, vejo meu pai bebendo na cozinha, estava me esperando. Sinto um arrepio percorrer meu corpo.

- Finalmente achou o caminho de casa. - Pronunciou com a voz embargada

- P-Pai e-eu... - Minhas pernas tremiam

- Cale a sua boca seu pivete , eu não suporto essa sua voz chorosa - Jogou o copo em minha direção e desviei, o mesmo rapidamente segurou meus braços marcando - Onde você estava ?

- Com os meus...

- CALA A BOCA PORRA - Deu um soco em meu rosto fazendo meu ouvido direito doer por ter tentado me desviar e pego nele - ESTAVA COM AQUELES MARGINAIS NÉ ? VOCÊ NÃO APRENDE MESMO. NÓS TE DEMOS TUDO HANEMIYA E É ASSIM QUE VOCÊ NOS RETRIBUI ?

- D-Desculpa... - Mais um soco sendo certeiro em minhas bochechas

- Desculpas... ISSO NÃO FARÃO OS ANOS GASTOS COM UM IMPRESTÁVEL COMO VOCÊ VOLTAR ! SEU INÚTEL. - Me deu uma rasteira me fazendo cair no chão enquanto continuava a me segurar - ESTOU FARTO DE TANTA DESOBEDIENCIA, MAS PODE DEIXAR QUE DESSA VEZ IREI ME ASSEGURAR QUE VOCÊ VAI FAZER TUDO QUE EU QUISER.

Era isso, eu não tinha família para me proteger, provavelmente ele havia trancado minha mãe no quarto para que pudesse fazer o que bem entendia comigo sem intervenção dela. Meus braços tentei usar como defesa, mas ele continuava com os socos e chutes até conseguir bater em minha cabeça e eu apagar.

Acordei em meu quarto, estava deitado em minha cama, me levantei pensando estar em um pesadelo mas logo senti as dores fortes no corpo. Fui até o espelho e lá estavam os hematomas, tentei abrir a porta do quarto mas foi em vão, ele trancou. Me deixei cair perto da porta enquanto chorava descontroladamente. Eu odeio minha vida.