30- Pov Jimin

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Pov Jimin

Finalmente Tae e a noona estão juntos, oficialmente eu sou o tio do rolê.

Mas pelo menos a Minji não apareceu na casa do hyung. Porque a minha ex sabe que não consigo ficar no mesmo lugar que ela e o tal marido dela— Nem ex oficialmente é, porque nunca a assumi.

A última vez que a vi com o marido eu senti exatamente isso:

"Me viu fingiu que não viu foi tão sangue frio. E o meu primeiro impulso foi partir pra cima dele (...) a ficha caiu, ninguém tirou você de mim, eu que te perdi.

Só não faz isso na minha frente, não beija ele na minha frente, não.

Joga minha moral no chão, pode beijar ele, mas não faz isso na minha frente. Não grava na minha mente um outro cara com você."
(Primeiro impulso, Rafa Torres)

Sim, eu preferi minha liberdade a assumir um relacionamento e o final, todo mundo já sabe: eu perdi o amor da minha vida.

Triste e clichê.

Quando minha vida virou um Kdrama?

Eu não sinto inveja dos meus amigos, mas olhar para os meus irmãos, suas mulheres e família, me lembra dolorosamente de tudo que perdi.

Enquanto meus irmãos enfrentaram tantas dificuldades para estarem hoje com seus amores, eu — que não precisei enfrentar nada de ruim — abri mão da minji. Infelizmente, eu só dei valor quando perdi.

E eu perdi muito.

Olho meu copo de suco, beber hoje só me faria piorar, enquanto ouço jk perguntar a Haru o que a mais nova quer comer antes dormir.

Fico sorrindo olhando os dois coreanos indo em direção a cozinha de Jung Hoseok.

— Noona como pode tu tais mais bonita e fofa? — a voz manhosa de Tae, abraçando a noona me alertam a não dormir no quarto ao lado dos dois.

— Eu não vou usar terno branco no meu casamento — Jin hyung e Maria sobem a escada conversando sobre o casamento.

Saio dos meus pensamentos quando ouço o celular da Haru tocar ao meu lado, olho a tela e a foto da Minji sorrindo surge, não penso duas vezes e atendo.

Eu não lembro a última vez que ouvi a voz da noona, eu estou vivendo dessas migalhas.

A noona tá casada. Pensar nisso me dá raiva de mim.

— Irmã — a voz de choro invade meus sentidos e meu corpo gela.

— Quem é? — Haru me olha, mas não dá tempo de eu responder, acho que minha voz denuncia que algo acontece, jk toma o celular da minha mão, que só agora vejo está tremendo.

— Oi min Ji— jk fala assim que pega o celular e vê quem é— eu to indo, não se preocupa. Entendi.

— O que aconteceu? Onde a minha irmã ta? — Haru segura o braço do marido.

— Aconteceu um pequeno acidente doméstico, eu vou resolver. Jimin tu terminas de cozinhar o jantar da Haru? — eu sinto no jeito do meu amigo que não foi um acidente, jk está escondendo alguma coisa, mas eu conheço a tempo suficiente para notar — Amor janta e não fica me esperando, dorme, uhm?

— Eu vou junto! — Haru e eu falamos juntos.

Não fui o único a notar que algo está errado.

— A Minji pediu para tu não ir.

— Mas a minha irmã ligou pra mim — Haru reclama.

— Porque não conseguiu ligar pro meu celular.

Jk segura o rosto da mulher entre as mãos e beija sua testa carinhosamente.

— Confia em mim? Fica com o Min e eu cuido da sua irmã.

Haru concorda, relutantemente.

—Eu só vou jantar quando deres notícia. Agora vai logo.

— Eu vou jk.

— Tá bom.

...

—Por que não tentou impedir que eu viesse? — pergunto pra jk enquanto estacionamos o carro em frente ao prédio da Minji.

— Porque não tava com tempo para discutir.

Subimos até o andar do apartamento da noona e entramos, jk sabia a senha da fechadura. O que eu vejo me deixa completamente sem reação.

O apartamento estava todo revirado, com objetos quebrados no chão e cheiro de bebida.

A noona estava encolhida no chão agarrada aos joelhos e de cabeça baixa.

—N-noona — falo e meus olhos encontram os da mais velha. Seu rosto está todo cheio de hematomas e há sangue na sua boca.

Eu corro e a abraço.

— Eu vou pegar seus documentos, vamos pro hospital. — Jk fala, mas a noona parece em choque.

Alguns minutos se passam e jk aparece com uma bolsa e um agasalho.

— Vamos?

— Fica longe da minha mulher seu viado

Tudo acontece muito rápido, o marido da noona vem pra cima de nós e eu só protejo a noona com meu corpo, mas jk se mete no meio e segura o mais alto.

— O que acham que estão fazendo? Saiam da minha casa! Acham que só porque são ricos e famosos podem sair invadindo a casa dos outros? Eu vou chamar a polícia! — o mais velho se solta do jk e vem pra cima de mim.

Eu não aguento ouvir tudo e assistir jk lutando uma luta que é minha, seja essa luta física ou não.

— Chama, chama a policia! Porque o único bandido aqui é tu. Covarde!

Mal termino de falar e meu rosto é atingido por um soco o gosto de sangue surge na minha boca. Eu avanço para cima do marido de Minji e consigo jogá-lo no chão.

Mas jk me segura e os seguranças, que nos acompanharam até o prédio, entram no apartamento e seguram o homem que estava no chão.

— Não irmão, tu és melhor que isso! — jk fala enquanto tento me soltar do seu braço — eu pedi pros seguranças subirem pra evitar isso. A Minji precisa ir para o hospital.

E jk está certo.

— Nunca mais tu vais chegar perto da minha mulher! — eu grito.

— Nem de mulher você gosta — o outro coreano fala em tom de deboche.

Gente! Eu não sei se irei escrever essa história, mas confesso que seria uma história linda.

Eu nunca te amei. Ainda. (Livro 6)Onde histórias criam vida. Descubra agora