Capítulo Quinze

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[...]

Clarice acordou por conta da claridade que iluminava todo o quarto.

Piscou os olhos algumas vezes e então se espreguiçou. Ao levar o braço para o lado oposto da cama, percebeu que Aidan não estava mais ali.

Onde estaria o moreno? Já teria ido trabalhar, mesmo sendo domingo? Que horas eram?

Consultando um relógio apoiado sobre um dos móveis ao lado da cama, viu que mal passavam das nove da manhã. Ainda estava nua por baixo das cobertas, então precisava encontrar suas roupas antes de descer e procurar por ele.

Levantou, passando os olhos por todo o quarto.

Seu vestido tinha, simplesmente, desaparecido. Com o cenho franzido em confusão, ela se lembrou da ameaça de Aidan à peça de roupa.

Sim, ele tinha dado um jeito de sumir com seu vestido, exatamente como tinha prometido. Não duvidava que a peça estivesse agora servindo de combustível para as chamas de alguma lareira.

Aquele maldito italiano tinha mesmo sumido com seu lindo vestido preto.

E agora, o que faria? Teria que se contentar com o lençol branco que havia enrolado no corpo?

Revirou os olhos e, irritada, largou o lençol sobre a cama e marchou para o banheiro. Precisava de um banho rápido para tirar do corpo o suor e a maquiagem e, por isso, ignorou a grande banheira e foi direto para o chuveiro. Relaxar com sais de banho e água quente ficaria, infelizmente, para outro dia.

Já tinha passado shampoo nos cabelos e tirado a maioria da maquiagem do rosto quando sentiu braços quentes se enroscarem em sua cintura, apertando-a com força e puxando-a contra um corpo alto.

– Bom dia – a voz rouca de Aidan alcançou seus ouvidos e foi impossível impedir o arrepio gostoso que subiu por sua espinha, arrepiando sua pele dos pés à cabeça.

Ainda em meio aos braços fortes ela se virou, ficando de frente para ele. O moreno avançou para beijá-la, mas a morena impediu o movimento quando colocou o dedo indicador sobre os lábios masculinos.

Foi difícil para Clarice se concentrar quando tinha o poderoso corpo de Aidan esmagado contra o seu, as peles se tocando, tão próximos...

– Apenas uma pergunta, cher – ela começou num tom autoritário – Onde está meu vestido?

Ele piscou os olhos, fingindo inocência.

– Que vestido? – a falsidade escorria pelos olhos azuis acesos.

– Aquele que você deu um fim antes que eu acordasse – ela explicou pacientemente.

O moreno balançou a cabeça, negando. Inocentemente, começou a distribuir beijos curtos pelo pescoço e ombro da morena, provocando-a.

– Não sei de vestido nenhum – murmurou entre um beijo e outro – Até porque você fica muito melhor quando não está vestindo nada.

Aidan beijou um ponto específico e Clarice soltou uma risadinha.

– Então prefere que eu vá vestindo nada para todo lugar?

Ao dizer isso, em vez dos beijos carinhosos, Clarice ganhou uma mordida que fez suas pernas bambearem. Em seguida, o moreno ergueu a cabeça e encarou-a com os olhos acesos.

– Você é uma peste, sabia disso? – resmungou.

A morena segurou o rosto dele entre as mãos e chocou os lábios, iniciando um beijo lento. As mãos masculinas percorriam seu corpo com desejo, os calos arranhando de leve sua pele.

Dangerous LoveOnde histórias criam vida. Descubra agora