Um Cowboy Irresistível

Capítulo 3

Alguns meses atrás

- A faculdade está me matando Alex, tô sobrecarregada. - suspiro me jogando na grama do Campus. - Ainda bem que estamos quase no final.

- Já pensou no seu TCC? ou você acha que é só terminar e pronto.

- Não, droga esqueci dessa merda de TCC.

Estávamos deitados na grama quando alguém aparece era o Lucas o meu "ficante", vamos chamá-lo assim. Ele se aproximou e sentou do meu lado e eu me levantei dando um selinho nele.

- Oi, eai já começou o TCC? - ele pergunta.

- Mais que inferno todo mundo só fala disso.

- A gente tem que começar, é conclusão de curso filhona a somos obrigados a fazer. - diz ele se sentando do meu lado.

- E você acha que eu não sei, bixa burra nacse hetero.

Estávamos jogando conversa fora quando meu celular toca e quando escuto aquela notícia o meu coração parecia que ia sair pela boca.

- Alô, é a Amélia Medeiros? - diz a voz do outro lado. - Aqui é o Ricardo eu encontrei seu número como emergência no celular do seu avô.

- Sim, sou eu. - eu já estava desesperada. - Ele tá bem?

- Ele sofreu um acidente aqui no Leblon, parece que foi grave eu já chamei a ambulância e tô te ligando pra você se direcionar ao hospital próximo daqui. - ele respira ofegante. - Alô, tá me ouvindo?

- Eu tô sim, eu tô indo pra lá obrigada por avisar.

Meus pulmões pareciam ter parado de trabalhar me sentia sufocada o choro já tinha tomado conta de mim, Alex me olhava com espanto tentando me acalmar. Depois de ter tido uma crise de pânico eu consegui contar a eles o que aconteceu e logo em seguida fomos para o hospital.

Quando chegamos lá meu pai e minha madrasta já estavam ali, Alex ligou pra eles do caminho como era mais perto eles chegaram primeiro. Abracei meu pai como se eu tivesse sete anos outra vez, ficamos ali esperando por infinitas horas até que um médico apareceu pra nós dar a pior notícia da minha vida.

- Nós fizemos tudo que estava ao nosso alcance, eu sinto muito.

Eu simplesmente desabei cai de joelhos no chão e chorei como se meu mundo tivesse caído sobre meus pés, o único que restava da família da minha mãe já não estava mais aqui agora era somente eu e eu. Fizemos os preenchimento dos papéis para poder liberar corpo ao IML e fomos para casa onde seria o velório, como ele desejava.

Depois de um longo tempo, deram se início a divisão de bens do meu avô, e como eu era a única neta até então meu avô havia deixado tudo em meu nome, assim eu pensava, fui convocada a ir até o tribunal pra poderem ler o testamento mas como eu não estava com cabeça pra isso eu apenas peguei o papel e não li nada.

Depois daquele dia que eu decidi que ia passar uns dias na fazenda e tomar posse do que até então era só meu, e quando a moça do cartório leu o testamento que eu me dei conta que eu não era a única responsável pela Medeiros.

Dias de hoje

- Bom ã, eu não sabia desse segundo herdeiro.- cocei a cabeça nervosa. - Olha vamos deixar pra outro dia então, eu aviso ele e ele vem junto pode ser?

- Como a senhora quiser. - ela me entrega os papéis e eu saio dali.

Já no lado de fora eu praguejo em todas as línguas que eu sabia falar, não era possível que meu avô nunca mencionou o nome do Eddie pra mim e do nada coloca ele no testamento.