Capítulo 1

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- Mãe eu tô indo, já estou atrasada - peguei minha mochila e desci as escadas.

Chego na sala e logo escuto dona Lúcia vindo toda eufórica em minha direção logo que vê vem me abraçar, um abraço apertado e longo, eu sentiria saudades daquele colo.

- Porquê já está indo? Seu pai nem chegou ainda. - ela diz desfazendo o abraço. - Ele quer se despedir de você.

- Olha Lúcia eu não quero vê-lo agora tenho certeza que ele vai tentar me impedir de ir, e eu não quero ter que ir brigada com ele.

- Ele só está preocupado com você filha, até eu estou. - me abraça novamente - faça uma boa viagem e volte logo.

- Eu te amo mãe, agora deixa eu ir porque estou atrasada.

Me despedi dela e peguei minha mala e sai da sala logo que abri a porta vejo Alex chegando de táxi, logo que me vê ele vem me cumprimentar, Alexander era meu melhor amigo o conheço desde minha infância nunca nos separamos éramos a tal "carne e unha".

- Oi, já estava na hora né!

- Bom dia Amélia, eu estou bem obrigada. - diz ele com tom de deboche. - Eu vou lá me despedir da sua mãe e já volto.

- Não demore ou vamos perder o vôo.

Depois de nos despedirmos seguimos para o aeroporto e quando chegamos eu percebi que não estava tão atrasada quanto meu vôo, esperamos por infinitas duas horas. Entramos no avião e encontramos nossos acentos e para a sorte e Alex um homem super gato sentou ao seu lado, como Alex não é bobo nem nada foi logo pegando o número de celular do cara.

Minha verdadeira mãe faleceu quando eu tinha uns cinco anos eu não me lembro muito bem dela, só sei que o nome dela era Maria Amélia o que deu origem ao meu nome mas eu prefiro que me chamem de Mia.
Meu pai se casou novamente com a Lúcia, que é praticamente minha segunda mãe e eu a amo muito e não saberia viver sem ela.

Eu tive uma vida relativamente boa não posso reclamar de nada, ter pais que amam, um melhor amigo que é quase um irmão e ter quase um bom relacionamento. Bom eu amo tudo isso, até que meu avô faleceu e como a minha mãe era filha única a herança ficou nas minhas mãos.

Não é muita coisa apenas uma fazenda no Mato Grosso, e é pra lá que eu estou indo já faz quase dois meses que meu avô se foi e eu ainda não fui atrás do que é meu por direito. Não estou nem um pouco ansiosa pois sei muito bem como vou ser tratada por aqueles peões de merda. Ninguém que mora lá gosta de mim, bom não que eu não desse motivo pra isso.

Quando eu era mais nova eu sempre ia visitar a fazenda nas férias, e como eu era uma garota mimada e mau educada eu tratava todos eles muito mal como se eu fosse a última bolacha do pacote, mas agora que cresci eu quero mudar isso e mostrar pra eles que eu sou uma pessoa diferente da de dez anos atrás.

[...]

O avião pousou descemos, pegamos nossas malas e no saguão tinha um homem muito gato segurando uma plaquinha escrito "Fazenda Medeiros", quando Alex botou os olhos no moço quase caiu pra trás não era pra menos o moço era um deus grego olhos claros ruivo com algumas sardas no rosto e um porte atlético de dar inveja. Estava vestido com uma regata branca e uma camisa xadrez por cima, uma calça jeans surrada, botas e um chapéu de boiadeiro.

- Cuidado pra não escorregar na baba. - cochichei pro Alex que não parava de secar o cara.

- Cala essa boca, mas que ele é um gostoso ah isso ele é.

- Ele nem é gay, menos Alex bem menos.

- Como você sabe, perguntou pra ele por acaso. - ele diz vindo atrás de mim. - Eu em.

Um Cowboy Irresistível Onde histórias criam vida. Descubra agora