Capítulo 25

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Eddie

Já havia se passado mais de dez minutos que eu estava esperando pela Sierra, e nada dela aparecer, Max e alguns policiais estava escondido em algum lugar só esperando a mulher dar as caras, mas nada dela chegar. Olho no relógio de pulso e já se foram quase uma hora.

  - Ela não vai vir - digo em voz alta para que Max pudesse me ouvir. - Aquela vagabunda.

  - Como assim? - Max pergunta frustado, ele se aproxima de mim. - Não estava tudo combinado? A não ser que..

Sua expressão muda e uma carranca séria se forma em seu rosto.

  - A não ser o que? - pergunto já sem um pingo de paciência.

  - A Mia, deixamos a Mia sozinha no carro. - sem controle da raiva ele da um soco na parede atrás dele.

  - Você não pode estar falando sério! - digo já extremamente nervoso.

Corremos até o carro e encontramos veículo vazio, a porta estava aberta e em cima do banco um bilhete.

"Sua felicidade está em minhas mãos, com amor Sierra"

Meu coração falha e levo a mão ao peito como se eu sentisse que ele foi arrancado de mim, Mia estava em perigo, Sierra levou ela de mim. Minha cabeça só conseguia pensar em coisas ruins, e aquilo não me ajudava em nada. Eu só queria a minha garota de volta.

Era tudo culpa minha, se ela não tivesse se envolvido comigo, se ela não tivesse mentindo que era a minha noiva ou se simplesmente ela não tivesse me conhecido, absolutamente nada disso estaria acontecendo com ela.

Me sento na calçada e eu já estava tomado pelas lágrima de desespero, Max havia acionado mais viaturas para ajudar nas buscas. O pior ainda estava por vir, contar a mãe da Mia que a filha havia desaparecido.

  - Alguém tem que contar a Lúcia - digo com a cabeça baixa. - Ela tem que saber.

  - Vamos até lá, eu estou tão arrasado quanto você. - ele se senta ao meu lado. - Mia é importante pra mim também, vamos encontrá-la.

Aceno a cabeça em positivo tentando demonstrar confiança, nos levantamos e seguimos para carro a caminho da fazenda. Quando chegamos Max estaciona o carro e descemos, abri a porta da casa e encontramos Lúcia e Luiza assistindo tv, quando nos viram o sorriso se expandiu em ambas.

Max adentra o cômoda e eu permaneço parado na porta tentando não demostrar nervosismo.

  - Boa noite. - Max se senta em uma poltrona de frente pra elas. - Eu preciso conversar com vocês.

Lúcia se sobressalta sobre o sofá e nota a falta da filha.

  - Onde está a Amélia? - ela me olha assustada. - Aonde está a minha menina?

  - Lúcia calma - Max tenta pegar em sua mão mas ela se levanta. - A Amélia, bom, ela, ela foi sequestrada.

  - O quê? - Luiza se levanta em pulo. - Se tá brincando? Por que se tiver pode parar.

Lúcia continuava parada olhando pro nada, derrepente vejo se inclinar pro lado e corro para socorrer antes que caía sobre o chão.

  - Tia, tia fala comigo. - Luiza a chama e nada da mulher voltar. - Álcool, trás álcool.

Max corre até a adega e volta com uma pano encharcado parecia ser algum tipo de bebida, ele aproxima o tecido do nariz de Lúcia e alguns segundos depois ela retorna.

  - Aí graças a Deus, me ajudem a colocá-la no sofá. - Luiza pede e Max pega a senhora e a deita sobre o sofá.

Deixamos ela retornando a consciência e fomos falar com a Luiza em particular, a mesma se encontrava em desespero e apreensiva, suas mãos suavam e ela esfregava as palmas umas nas outras. Max a segura pelo punho e a puxa para um abraço tentando acalma-la, depois de alguns minutos conseguimos contar a ela o que estava acontecendo.

Luiza ouvia tudo com atenção e suas expressões mudavam para espanto a todo momento, pedimos para ela deixar o celular ligado que a qualquer momento poderíamos ligar dando notícias, foi ai que a Lúcia disse aquelas palavras que foram um alívio para os meus ouvidos.

  - O celular da Mia - olho pra ela com a expressão confuso. - Onde está o celular da Mia?

  - Provavelmente esteja com ela - Max diz e se aproxima com curiosidade. - O que tem haver dona Lúcia?

  - O celular da Mia tem um rastreador que está conectado ao meu celular. - ela nos encara com olhos cheios de esperança. - Podem encontrar a minha filha?

Max me olha e sorri confirmando a pergunta de Lúcia, a mesma pega o celular que estava sobre a mesa de centro e conecta o rastreador. E não demora muito e aparece na tela o nome da Mia acima de um ponto vermelho, encontramos ela.

Demos algumas instruções para todos que estavam na casa, Alex e Daniel que haviam chegado já estavam a par da situação.

Max e eu entramos no carro com a esperança de encontrarmos a nossa menina, mais minha do que dele, seguimos o caminho que o rastreador mandava a estrada era longa e muito esburacada. Não tínhamos certeza de que seria o lugar certo até porque Sierra pensa em tudo, ela poderia ter pego o celular e jogado em qualquer lugar. Mas daquela vez ela havia falhado neste detalhe.

Estávamos próximos e Max optou por deixar o carro mais afastado e seguimos a pé, olhamos o celular e estava apontando pra uma casa velha e abandonada.

  - Ali, está mostrando aquela casa! - aponto pro local escuro. - Vamos.

Estava pronto pra seguir quando sinto Max segurar o meu braço o que me fez voltar pro lugar.

  - Temos que ter um plano. - ele me diz convicto.

  - O plano é entrar lá, salvar a Mia e prender a Sierra. - digo olhando pra carranca formada em seu rosto.

  - Só se você estiver afim de morrer - ele revira os olhos como se eu tivesse dito algo errado. - Como você mesmo disse, ela é ardilosa, com certeza deve estar esperando por você.

Max tinha razão, como eu disse Sierra não dá ponto sem nó

  - O plano é, você vai entrar lá e enrolar ela até aonde conseguir. - ele respira fundo e passa a mão pelos cabelos. - Enquanto isso, eu e meus homens vamos invadir e pegar o Otávio, vamos deixar o melhor por último, Sierra.

  - E eu vou entrar lá como? - pergunto em tom de deboche. - Vou bater na porta e dizer Oi Sierra, vim resgatar a minha mulher que você sequestrou, olha delegado você é um gênio.

  - Tem um ideia melhor? - ele me encara parecendo perguntar o óbvio. - Vai logo, cada segundo é precioso.

Saio dali frustrado por ter perdido aquela discussão idiota, piso em passos lentos para não chamar a atenção me aproximo de uma janela e observo pela fresta, consegui enxergar Mia sentada em uma cadeira com uma as mãos amarradas e uma fita adesiva em sua boca.

Seu olhar estava perdido, com medo, tento chamar a sua atenção discretamente pra não alarmar ninguém, ela precisava saber que eu estava ali.

  - Mia - cochicho em meio tom pra ela poder me ouvir. - Mia, aqui!

Ela procura o som da minha voz quando seus olhos encontram os meus ela suspira aliviada, mas no mesmo instante faz uns gestos tentando me indicar alguma coisa quanto mais se mexia mais desesperada ela parecia ficar. Sinto uma presença atrás de mim e me viro lentamente, aquele rosto que eu vi pela última vez dentro de um caixão, me encara com ódio.

  - Edigar, como é bom te ver. - Otávio me observa com um revólver apontado pra mim.

O quão ferrado eu estava?!

Um Cowboy Irresistível Onde histórias criam vida. Descubra agora