Sunshine🧸• Gabriel Barbosa •

13.🧸

– Tudo bem?– ele perguntou virando o copo.

– Tô bem e você? – ele se aproximou colocando a mão na minha barriga e se curvando dando um beijo dela.

– Tô morto.– se jogou no sofá– Como tava a clínica?

– Teve alguns atendimentos até metade da tarde, depois eu vim pra cá.

– Se sentiu mal?– perguntou já preocupado.

– Não, só cansaço.– ele assentiu e o silêncio tomou conta do lugar, mordi meu lábio inferior e me mexi já incomodada– Gabriel?

– Oi.– falou jogando o celular de lado.

Por sinal, ele tinha uma mania de parar tudo que estivesse fazendo só pra me dar atenção, as vezes poderia ser algo hiper importante, ele deixava de lado e ouvia minhas baboseiras.

– Eu vi sua entrevista com a Isa, obrigada por ter tido cuidado ao falar de mim e do bebê.

– Sei que você é preocupada com isso, teve algumas coisas que eu não pude fugir, mas fiz o meu possível.

– Tudo bem. – o tranquilizei– Agora sério, não tem ninguém aí no seu coração?– nós rimos.

– Ninguém!– ele soltou uma gargalhada forte.

Era bom ter momentos assim com ele. Depois de rir feito crianças, paramos um pouco e tudo ficou em silêncio novamente, mas graças a Deus por pouco tempo.

– Eu sei que você fechou cedo hoje, mas será que tem uma vaguinha pra um atendimento agora?

– Acho que é um pouco antiético, mas eu posso ter uma vaguinha caso você prometa não contar pra ninguém.– brinquei.

– Prometo.– estendeu o mindinho e eu estendi o meu cruzando com o dele.

O Gabriel pegou uma almofada e colocou no meu colo deitando nele logo em seguida.

– Sabe o lance de gostar de alguém que eu não posso ter?– assenti– Na verdade isso tá acontecendo agora.

– Conte mais.

– Eu jurava que ficar longe dela iria me fazer bem e eu conseguiria superar facilmente, que o sentimento iria passar e que eu ia conseguir viver sem pensar nela. Mas não passou.

– Então você tem alguém no seu coração?– perguntei já criando minhas boa paranoia.

– Tenho não só no coração, mas em cada parte de mim, só que dessa vez eu tenho em dobro.

Percebi o coração dele começar a acelerar e coloquei minha mão sob ele, na verdade o meu estava igual, talvez até pior.

– Você pode receitar algum tipo de remédio pra tirar isso?

– Infelizmente só quem pode fazer isso são os médicos.– ri– Mas eu posso te aconselhar e tentar te ajudar em alguma coisa.

– Talvez isso seja até melhor.

– O que eu vou dizer é bem óbvio, mas talvez você só precise falar com ela.– ele abriu os olhos rapidamente– As vezes Gabriel, ouvir verdade seja melhor do que cobrir sentimentos achando que o tempo vai tirar. Fala com ela, explica seus sentimentos, isso é bem mais fácil do que só ignorar tudo isso e achar que um remédio vai arrancar isso de ti.

– Talvez eu faça isso.–sorriu ainda desajeitado e levantou indo provavelmente pro seu quarto.