33.🧸

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Gabriel

Ouvi a porta abrir e logo depois os gritinhos finos da minha irmã com a minha namorada, as duas não se viam a muito tempo ( menos de 2 meses, mas pra elas é uma eternidade). Logo depois ouvi minha mãe elogiar Bianca da cabeça aos pés e meu pai fazer as piadas internas deles como sempre.

Terminei de enrolar Helena na manta já que estava muito frio e fui ao encontro deles, passei cruzando a porta e percebi o sorriso já aparecendo nos rostos deles.

- Oi família.- falei ao ver eles.

- Oi amor da vovó!- minha mãe nem ao menos me respondeu, veio saltitando pegar minha filha- Que saudades que vovó tava de você, minha princesa.

- A neta é só sua?- meu pai ironizou fazendo cócegas na bebê- Oi princesa do vô.

- Meu Deus, minha sobrinha tá enorme.- minha irmã choramingou antes de quase arrancar minha filha dos braços dele- Vocês já ficaram demais.- foi pra um cantinho- Que gatinha você tá, meu amor.

- Oi gente.- falei novamente chamando a atenção deles e ouvi a gargalhada de Bianca logo atrás de mim.

- Ah, oi filho desculpa, foi a empolgação.- sorriram vindo me abraçar.

A Dhiovanna continuou da forma que estava, paparicado a bebê e quando percebeu que todos estavam olhando pra ela, levantou o olhar pra mim arqueado uma sobrancelha.

- Ah garoto, eu te vi minha vida inteira.- passou direto puxando Bianca pra ir junto com ela.

- Ela estava morrendo de saudades de você.- meu pai falou e nós rimos– Dhio, você pode por favor devolver a minha neta.– falou um pouco mais alto entrando na casa.

– A Milena não veio?– perguntei esperançoso para que a resposta fosse não.

– Veio, ela só preferiu vir no jantar. Passou mal durante a viagem e só fez deitar quando chegou na casa.– assenti sentindo minhas esperanças irem embora e entramos também.

Chegamos na sala e meu pai estava com a Helena no colo e a Dhio fazendo birra pra ele devolver.

– Não se preocupe que daqui a pouco vem outro.– falei sentando no sofá.

– Como é?– Bianca perguntou assustada do outro lado da sala e nós rimos.

– Não quer ter mais outro, Bibi?– minha mãe perguntou.

– Querer eu quero, sogrinha. Mas a Helena já tá bom por enquanto.

– Por mim a gente faria um atrás do outro, esperava Lelê fazer um ano pra fazer outro e assim vai até termos doze.

– Então vá atrás da louca.– nós rimos.

Meu pai se aproximou de nós entregando a bebê que estava agoniada pra mamar e a minha namorada estendeu os braços a ajeitando no colo. Levantei indo no outro lado onde tinha um paninho que colocávamos perto do peito já que a Lelê se acostumou e com o cheirinho ela fica bem mais tranquila. Sentei novamente e coloquei o paninho perto da boquinha dela.

– Eu rezei tanto pra ver isso um dia.– minha mãe falou deslumbrada– Meu filho mais velho formando a família dele.

– Agora só falta o casamento, seu enrolado.– minha irmã falou.

– E só falta alguém parar de ficar e assumir logo, sua enrolada.– rebati.

– Nessa eu tenho que concordar com os dois, mas não perguntamos o que a corajosa que vai ter que aturar, quer...

Olhamos para a Bianca, ela me olhou provavelmente com medo de falar algo que fosse me pressionar mas eu retornei com um olhar tranquilo.

– Quero me casar um dia. Amo casamentos.– senti que ela falou o mínimo possível e logo depois deu uma mera desculpa pra subir. Meus pais claro que não perceberam e acharam que ela iria colocar a Helena no quarto, mas eu a conheço como ninguém para ter certeza de que ela estava fugindo do assunto.

Sunshine🧸• Gabriel Barbosa •Onde histórias criam vida. Descubra agora