Capítulo quinze

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Ooie gente!!! Espero que estejam curtindo Vidas cruzadas. Beijos e boa leitura


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Estamos os quatro jantando em um dos restaurantes favoritos do meu pai, Pollo&Jarras. Nina se diverte imensamente e eu também. Há tempos não passava uma noite tão prazerosa ao lado do meu pai. Ele com suas brincadeiras e histórias deixou a noite muito mais tranquila e harmoniosa. Roger atendeu a todos os pedidos da filha e meus também. Parecíamos uma família de férias visitando o avô. Já que é assim que Nina passou a chamar meu pai, depois que ele disse a ela que é seu vovô.

— Vocês pretendem ficar mais quantos dias?

— Passaremos mais quatro dias em Orlando e depois eu volto pra cá. Roger vai voltar mais cedo para o Brasil.

— E por que tão cedo, meu rapaz?

— Preciso fechar um contrato na próxima semana e se eu não estiver presente no dia o escritório vira uma bagunça.

— Eu havia prometido a minha neta que a levaria ao meu trabalho, mas já que não dará tempo — ele encara a pequena e sorri em seguida. — Já sei o que farei para compensá-la.

— Nada de comprar extravagâncias pra ela. — digo fazendo meu pai gargalhar.

— Vai dizer que você não adorava meus presentes de despedida?

— Não, não gostava, pois eles nunca podiam voltar comigo para o Brasil. — digo frustrada.

— E o que você já ganhou de mais inusitado? — Roger pergunta sobe os olhos atentos da filha.

— Quando eu fiz quatro anos ele me deu um cavalo, quando tinha cinco foi a vez de uma mini mansão no jardim. Aos seis foi um mini carro. Aos dez ele fechou um estádio para que eu fizesse minha festa de aniversário. Mas o mais extravagante de todos foi aos dezesseis anos, ele me deu uma Ferrari de último modelo, e uma casa em Malibu. — Roger me encara incrédulo.

— E o que fez com tudo isso?

Ela vendeu a casa e com parte do dinheiro comprou os dois apartamentos e a sala empresarial que tem no Brasil, além do carro, faculdade e os vários cursos que fez e algumas viagens.

— Olhando assim até parece que gastei todo o dinheiro e não, investi também.

— Uau! Mas e a Ferrari?

— Ficou pra ele.

— E eu acabei vendendo. Não estava conseguindo lidar com o número de mulheres no meu pé.

— Meu pai não tem mulheres no pé dele. — Nina diz, logo após parar de mexer no celular do Roger. — Na verdade ele é que está no pé da tia Alícia.

— Filha!

Todos sorrimos e o restante da noite foi muito agradável.

***

Papai conseguiu alugar uma casa por quatro dias. Uma casa onde um dos quartos infantis é decorado por princesas e claro que Nina assim que viu, quis dormir nele. Meu pai pegou logo um quarto, deixou suas coisas e disse que iria comprar comida de verdade e nós fomos com ele ao Walmart. Enquanto meu pai e eu estávamos escolhendo algumas frutas, Roger e Nina foram para seção de brinquedos ao lado.

— Você gosta dele?

Meu pai pergunta enquanto eu os observo mexer nas bonecas.

— Sim pai, mas não da forma que você está pensando.

— Não estou pensando em forma alguma, filha... Ele concorda em você querer um filho de um vidrinho? — meu pai é tão doido que faz o assunto parecer simples.

— Não, ele faz parte do time: Alícia não faz isso!

— Eu conversei com ele enquanto você e a menina dormiam no carro. Gostei dele!

— E o que conversaram?

Roger então olha em nossa direção e sorri e isso faz as batidas do meu coração acelerarem.

— Em como ele está feliz por estar aqui. Em como ele gosta de te ver sorrir...

Papai diz.

— Você sabe que está romantizando a conversa entre vocês dois, não sabe?

— Sei sim, mas não custa tentar, não é mesmo? Eu quero te ver feliz minha filha e pude ver o quanto você fica confortável ao lado deles. O quanto seus olhos se iluminam ao olhar pra ele. E aquela garotinha ali também quer o mesmo que eu.

— Pai não dá pra simplesmente...

— Assumir que gosta dele? Que quer ter ele por perto? Claro que dá minha filha. Ele tem te apoiado nessa loucura, mesmo achando que não é o certo, assim como eu.

— Eu não farei mais, pai. Não sem antes entrar em tratamento... — digo cabisbaixa. — Pelo o que entendi eu não posso engravidar sem me tratar antes e isso leva tempo e dinheiro.

— Você sabe que pode contar comigo. Eu disponibilizo a quantia que você quiser, meu bem.

— Eu sei pai, mas não. Muito obrigada! Eu quero fazer isso do meu jeito.

— Você vai voltar ao médico?

— Sim. Preciso pegar o resultado dos últimos exames que fiz, depois volto para o Brasil.

— Tia, olha o que achei. — Nina me mostra uma boneca com nome de Alícia.

— Uau! — pego a caixa e observo a boneca. Uma Barbie parecida comigo. Olhos castanho claro, puxados para o mel. Cabelos também castanhos no meio das costas.

— Meu pai me deixou levar. — Ela abraça a caixa com tanto carinho que me faz aquecer.

— Também quero. — Digo.

— A boneca ou o abraço? — meu pai pergunta.

— Os dois! — sorrio e vou com Nina até a seção de brinquedos.

Vidas Cruzadas ( COMPLETO)Onde histórias criam vida. Descubra agora