Vidas Cruzadas ( COMPLETO)

Capítulo vinte e cinco

Oooie gente!!! Vem que tem capítulo

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Alícia

O dia amanheceu mais brilhante, bonito e incrivelmente alegre. Talvez seja meu estado de espírito, ou ter dormido nos braços do homem que está agora neste exato momento fazendo carinho em minha barriga, enquanto lutamos contra termos que levantar e ir trabalhar.

— Se me dissessem há uns anos que estaríamos os dois aqui agora, e ainda grávidos, eu não acreditaria. — Ele diz.

— Muito menos eu.

— Você lembra quando quase ficamos juntos?

— Sim. Théo e a Cá achavam que nós dois éramos pares perfeitos um para o outro. E imploravam para que ficássemos.

— Eu era doido pra ficar contigo — ele sorri. — Mas você era apaixonada pelo Otávio.

— É, mas logo depois você começou a sair com a mãe da Nina. — Faço minha melhor cara de decepcionada.

— Um relacionamento complicado, frustrante, mas que me rendeu, minha princesa.

— Nós dois não tivemos muita sorte nos relacionamentos anteriores. — digo.

— Isso acaba de mudar — ele beija meus lábios. — Eu não faço ideia de como será daqui pra frente ou como você vai agir comigo. E embora eu entenda perfeitamente seus medos, eu também sei que você me conhece perfeitamente pra ter certeza que eu jamais vou fazer mal a vocês dois. Nós iremos cuidar para que o bebê tenha uma vida repleta de amor. E isso quer dizer que farei o possível para estar presente, mesmo que você esteja em um dia ruim e não me queira por perto.

— Meu problema não é com você, mas sim sofrer a perda de mais um bebê — encaro seus olhos tão sinceros. — Eu sei que você jamais vai abandonar essa criança, mesmo que eu te queira bem longe. Mesmo que estejamos em outro país, essa criança aqui, sempre saberá que você é o melhor pai que ela poderia ter.

Roger e eu nos beijamos e estávamos em um momento pleno de felicidade e nostalgia. Foi quando o assunto, passado, voltou à tona e me fez enxergar o quão sortuda, estou sendo até aqui.

— Eu sei que você não gosta de tocar nesse assunto, mas e ele? Você tem notícias dele?

Ajeito-me na cama e me sento.

— Eu não sei muito, as únicas coisas que quis saber era onde ele estava. E depois que me falaram, eu o cortei de uma vez da minha vida. Apaguei e joguei tudo o que me lembrava ele, fora. A última coisa que soube foi que tinha sido internado em uma clínica de reabilitação.

— Quando me contaram o que ele tinha feito, eu fiquei transtornado, cheguei a procurá-lo. Minha vontade era fazê-lo sentir a dor que você estava sentindo. O que só piorou quando eu soube da gravidez.

Minhas lágrimas rolam por meu rosto sem pedir passagem. Lembrar-me de algo tão dolorido quanto foi perder meu bebê, e da forma que foi, me tira o chão.

— Me perdoa meu amor por tocar nesse assunto que eu sei que te faz mal. Mas eu só quero que você saiba que não teve culpa.

— Eu sei! Mas também sei que eu poderia ter enxergado que ele estava mudando. E embora estivesse bem na minha cara, eu não vi o quanto ele estava envolvido com as drogas.

— Na verdade ninguém via. Ele era nosso amigo e a gente não fazia ideia de nada. Ele soube esconder muito bem e mesmo a gente percebendo que alguma coisa estava errada, ninguém tinha certeza do que era realmente.

Levanto-me da cama e sigo até a janela abrindo as cortinas.

— Precisamos levantar, Roger. Estamos mais que atrasados.