Capítulo dezenove

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Oooie gente!!! Passando aqui somente para agradecer as leituras. 

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— O que é isso que você está comendo? — pergunto a Carina logo assim que me sento na cadeira do escritório.

— Isso se chama — ela para e encara a tigela a sua frente. — Na verdade isso é tudo o que tinha no congelador. Açaí, sorvete de creme, torta de limão e mousse de chocolate... Eu acho! — ela volta o olhar pra mim. — Não era pra você estar em casa?

— Sim, mas eu não queria ficar sem fazer nada. Preciso trabalhar e ocupar minha cabeça.

— Aí você aproveita e me conta tudo o que aconteceu durante a viagem.

Eu já te contei tudo, Cá. O que mais você quer saber?

— Sério que aquela meia dúzia de palavras foi tudo? Não ferra, Alícia. Desembucha logo.

Gargalho. Só ela pra me fazer rir.

— Tá! Nós bebemos além da conta e transamos na sala, no quarto, na banheira, no quarto de novo e teve na sala mais uma vez, depois na outra casa que ficamos...

— Não era esses os detalhes que eu queria. Queria saber o que falaram, onde colocaram as mãos. Se foi romântico, sensual, exótico... você é péssima com detalhes.

— Foi ótimo, Cá. Todas às vezes. — digo.

— E o que você pretende fazer agora? Com os exames, com ele, com a questão pílula do dia seguinte, a camisinha?

— Eu refiz os exames lá, mas quero refazer aqui também. Não quero nenhuma desconfiança, principalmente porque perdi a credibilidade quanto àquela clínica e médico. Quanto ao Roger, eu preciso conversar e saber em que pé estamos, se é que estamos em algum. E quanto à pílula ele sabe que eu a tomei e por conta disso usamos preservativo nas vezes em que transamos depois.

— E sua menstruação já desceu? — ela me olha apreensiva.

— Não. Passei por muita coisa durante esses dias, nem me liguei em menstruação.

— Amiga se ela não desceu, pode ser que você esteja grávida... — gelo por dentro, mas sei que isso seria impossível.

— Não diante dos resultados dos meus exames.

— Eu ainda acho que os seus exames estavam no meio dos errados. Não é possível que os primeiros tenham dado certo e esse último tenha dado errado. Você vem fazendo exames periódicos durante todo esse tempo e nenhum deu errado ou alterado...

— É, eu sei. Mas não vamos falar disso, temos muitos e-mails para responder.

Carina e eu nos concentramos em responder todos os e-mails na caixa de entrada. Antes de viajarmos, deixamos preparados posts para os dias que ficaríamos fora. Todos foram devidamente postados em seus dias certos, graças à programação e agendamento antecipado. Trabalhamos arduamente durante todo o dia, mal mexi no celular. Entretanto, quando estávamos ajeitando tudo para irmos embora, o peguei e havia mensagens do Roger. Uma era ele me dando bom dia, outra era ele perguntando se eu estava bem, duas horas depois de ter enviado a primeira e a última era ele dizendo que estava preocupado, pois não tinha respondido nenhuma mensagem muito menos estava online.

Oi, estou bem. Passei o dia no escritório colocando o trabalho em dia. Não peguei o celular pessoal pra nada, só mexi no de trabalho. Desculpa!

Você já chegou?

Envio as mensagens pra ele e espero que ele me responda, mas não é o que acontece.

Minutos depois meu celular apita com mensagens, já estava em casa deitada na cama assistindo TV. Pego o aparelho e destravo a tela. São mensagens do Roger.

Desculpa, meu celular descarregou durante a viagem de volta e eu não tive como recarregar. Fiquei o dia todo preocupado contigo.

Acabei de chegar em casa, passei nos meus pais para pegar a Nina.

Penso e dizer que pensei que ele viria aqui para casa, mas desisto e apago a mensagem no segundo em que percebo estar parecendo uma namorada melosa.

Ok, estou deitada já, o sono me chama — emoji de sono.

Amanhã conversamos então, pode ser? — ele pergunta.

Claro... Boa noite Roger.

Boa noite Alícia.

No dia seguinte estava no maior papo com Carina, que insistia para que eu me rendesse aos encantos de um futuro estrondoso ao lado do Roger, que segundo ela seria um ótimo partido, megainteiro para mim.

— Eu sei que você me entregou essa sacola agora, pois, quer que eu esqueça o assunto, mas não pense que você vai escapar, ok? — Entrego uma sacola da Sephora recheada de produtos, quem sabe assim minha amiga mude de assunto.

— Ok!

O interfone toca e Carina corre para atender. Em seguida ela se senta novamente e começa a juntar suas coisas.

— Vai sair?

— Sim.

A campainha toca e ela sai apressada. Quando abre a porta escuto a voz de Nina a cumprimentando e em seguida vindo falar comigo.

— Oi tia! Estava morrendo de vontade de te ver.

— Oi minha linda. Eu também estava! Como você está?

Ergo a cabeça e vejo seu pai parado nos observando.

— Estou bem tia... Já comecei a estudar e fiz vários amigos novos.

Olha que legal. — Carina diz — Que tal você me contar um pouco dessa sua manhã enquanto compramos algumas guloseimas pra trazer pra cá?! — continua falando enquanto coloca a alça de sua bolsa no ombro e eu entendo perfeitamente o que ela está tentando fazer. — A tia Alícia e eu estamos morrendo de fome e sei que você tem ótimas ideias quando a fome ataca.

— Tenho mesmo. — Nina diz animada. — Posso ir papai? — ela pergunta e ele assente.

Carina e Nina saem juntas e ao fechar da porta sou rapidamente abraçada pelos fortes braços de Roger que beija meus lábios com a mesma intensidade que me abraça.

— Pensei em ir para a sua casa ontem, mas achei que talvez você precisasse de um pouco de espaço.

— Eu adoraria que você tivesse aparecido.

Eu falei isso em voz alta? Meu Deus, estou me transformando em uma banana.

— Podemos fazer isso em breve então, assim você aproveita para me contar o que aconteceu depois que voltamos para o Brasil.

Nossa, aconteceram milhões de coisas depois que você veio embora, mas eu não quero falar disso agora, ainda preciso digerir tudo. Estou um pouco confusa.

— Você sabe que pode contar comigo para o que for, não sabe?

— Sim!

E de verdade eu sinto que posso contar com ele. Roger me passa uma tranquilidade gigantesca, um acalento na alma que há tempos não sentia.

Não demorou muito para que Carina e Nina voltassem com sacolas cheias de guloseimas e bebidas para o nosso café da tarde. Tempos depois, Théo chegou e juntos fomos jantar fora para além de colocar o papo em dia, ainda nos divertimos com Nina contando os segredos não tão secretos de seu pai.

Vidas Cruzadas ( COMPLETO)Onde histórias criam vida. Descubra agora