Capítulo vinte e um

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Enquanto me preparava para ir à casa do Roger, atendo a ligação do meu pai.

— Achei que só nos falaríamos daqui dois dias. — digo.

— Eu queria saber como minha filha está e saber se os novos exames já ficaram prontos, e se a clínica falou mais alguma coisa? — meu pai pergunta e pelo semblante de seu rosto, ele está preocupado.

— Tirando o cansaço, dores no corpo e de estar inchando a cada copo de água que bebo, estou ótima e não, ainda não tenho nenhuma resposta da clínica.

— E por que todo esse cansaço e dores no corpo?

— Não sei pai, sinto como se estivessem me esticando por dentro e tenho sentido muito cansaço.

— Que tipo de porcaria você anda comendo? Isso é resultado de uma má alimentação.

— Pode ser! Reconheço que não estou me alimentando como deveria.

— Você está preocupada e por isso está descontando em comida com alto valor calórico e pouco valor nutritivo. Cadê sua mãe que não está vendo isso? E o meu genro? Onde ele está que não te alimenta como deve?

— Pai! Roger não é seu genro...

— Você querendo ou não ele é meu genro.

A campainha toca e eu sei que é Carina, vindo me buscar para irmos para a casa do Roger.

— Oi amiga, entra. Vou só me despedir do meu pai e pegar minha bolsa para irmos.

— Está falando com o tio? — ela corre animada para frente do computador. — Então quer dizer que o senhor não veio ao meu casamento, né?

— Carina minha filha querida! O tio estava em turnê, mas espero que tenha gostado do presente que lhe enviei.

— Eu amei tio, Théo ficou louco quando viu a Tv gigantesca, já queria logo assistir a final dos jogos de basquete.

Deixo Carina e meu pai conversando, mas quando volto, Carina me encara esquisito.

— Está tudo bem? — pergunto.

— Sim! Estávamos aqui falando do casamento. — ela diz e se despede do meu pai.

— Tchau pai e não faça nada ilícito, constrangedor. Deus me livre te ver pelado nos sites de fofocas. E ah, coma um hamburguer, pizza, batata frita e cheedar, faz bem pra alma comer umas calorias a mais de vez em quando.

— Não prometo essa parada de sair pelado, mas garanto tampar as partes. — Ele e Carina cai na gargalhada

— Estou falando sério, pai.

— Filha, só quero que saiba que eu te amo e que estarei do seu lado em qualquer situação. Quero que conte comigo e que acredite que a vida tem planos que desconhecemos, mas que tudo que tem que acontecer, vai acontecer. — Sinto um aperto no peito.

— Por que está me dizendo essas coisas?

— Por que sou seu pai e quero que pare de comer porcarias e se alimente bem. — Ele sorri. — Você vai me agradecer mais tarde.

— Pode deixar que vou cuidar para que ela se cuide, tio.

— Love you dad! — digo.

— Love you baby! — ele responde e desliga a chamada.

No trajeto até o apartamento do Roger me ruí em curiosidade, até não segurar minha língua enquanto esperávamos o elevador chegar ao nosso andar.

— Sobre o que você e meu pai conversaram?

Vidas Cruzadas ( COMPLETO)Onde histórias criam vida. Descubra agora