Alícia tem uma vida tranquila, harmoniosa e rodeada de pessoas que a ama, mas nem sempre foi assim. Hoje ela é uma mulher determinada a realizar seus sonhos e conquistar seus objetivos. Entretanto, os traumas do passado a fizeram desacreditar no amo...
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Rio de Janeiro
Assim que avisto Carina, ela abre um grande sorriso no momento em que me vê descer a escada rolante do aeroporto. Meu coração fica pequenino. Não fazia ideia do quão ansiosa estava em voltar pra casa.
— Amiga! Que bom que já chegou.
— Oi Cá! Que saudades, amiga. — a abraço e deixo as lágrimas rolarem.
— Ei, sem chorar! — diz ela também chorando.
— Cala a boca, Cá. — Sorrio e a abraço novamente.
Pegamos minha mala e seguimos até seu carro. No caminho até minha casa, conto a ela o que aconteceu com meus exames. Ainda não me sentia preparada para contar sobre o Roger. Carina foi o caminho todo dizendo que tudo ficaria bem e é nisso que eu quero acreditar.
— Tá, mas e o que realmente aconteceu entre o Roger e você? — ela demonstra total animação e esperança minutos depois.
— O que você ficou sabendo? — pergunto sorrindo de sua cara curiosa.
— Nada, né! Théo não me contou e quando me pegou ouvindo a conversa dele com o Roger ficou furioso. Eu só sei que vocês ficaram.
— Acho que foi um pouco mais do que só ficar. — digo e ela bate no volante do carro toda animada.
— Eu sabia!!
Ela estaciona o carro na vaga de visitantes e me ajuda com as malas. Seguimos em direção ao meu apartamento enquanto conto a ela o que aconteceu em Orlando entre Roger e eu. Claro, sem entrar em muitos detalhes, só contei o que ela queria saber e me mataria caso eu não contasse logo.
Quando estou abrindo a porta me deparo com uma recepção maravilhosa, cheia de balões, docinhos, salgadinhos, um "BEM-VINDA!" enorme no meio da minha sala e rostos mais que familiares. Vejo os pais da Carina, Théo, minha mãe, Nina e Roger, meu coração faltou pouco pular para fora do corpo de tão agradecida por finalmente estar em casa e com essas pessoas que amo.
— Surpresa!!! — todos dizem em uníssono.
— Minha filha!
— Oi mãe! — mamãe me aperta em seus braços e eu retribuo.
— Oi tia.
— Oi meu amor. Como você está? — puxo Nina no colo e beijo suas bochechas, a colocando em seguida no chão.
— Oi, minha querida. — em seguida, os pais da Carina, vem falar comigo.
— Oi tio, tia!
— E aí dindinha — brinca Théo. — Estávamos com saudades.
— Era pra ter festa pra vocês quando voltassem, não pra mim. — digo limpando as lágrimas que já caiam por meu rosto.
