Capítulo 29

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S/n

O tempo passa rápido e a cada momento sinto medo.

É como se eu estivesse próximo a um penhasco, a um passo de cair. Mas eu não caio, porque você está aqui, você me segura. Me tira da beira do abismo e trás luz novamente para minha vida.

Mas isso pode acabar.

Isso pode chegar ao fim.

A seleção está com os dias contados, apenas duas provas para que tudo acabe. Eu não sei mais o que fazer sem você.

Eu não sei mais.

Você ainda está aqui, isso me conforta. Mas o meu medo de revelar e dizer quem sou, me apavora. Por que? Eu me pergunto, mas não encontro respostas. Uma máscara oculta que uso para não te mostrar meu verdadeiro eu. Para não mostrar quem sou.

Por que?

Você deve está se perguntando, eu não faço idéia. A insegurança é mais presente do que parece. E o medo da rejeição é mais forte do que deveria ser.

Se um dia, quando tudo estiver bem novamente, quando eu puder enfim ficar livre, acredite vou correr até você não importa aonde esteja.

Até lá, a guardo no meu coração e farei o impossível para que eu permaneça no seu.


Mais uma carta do anônimo, o que ele quis dizer com " ficar livre" ? Ele está aqui na mansão, isso é óbvio. Mas quem seria ele? Eu não entendo o porquê não aparece.

Suspiro, colando o bilhete de lado e caindo para trás na cama, cobrindo meu rosto com as mãos.

- Quem é você anônimo?

Pergunto, mas só recebo o silêncio em resposta.

TOC TOC

Alguém bate na porta, vou em direção a ela, abrindo-a.

- Yoongi?

Um sorriso confuso surge em meus lábios, o garoto permanece parado encostado na parede próximo a mim.

- Trouxe isso

Ele estende uma garrafa de vinho, sorrio.

- Não sabia que podemos beber aqui.

Digo, o rapper revira os olhos com meu comentário, inclina a cabeça para dentro perguntando sem dizer sequer uma palavra se pode entrar, apenas assinto dando espaço para que ele entre. Fecho a porta em seguida.

- Em minha porta, com uma garrafa de vinho. O que você quer Mih Yoongi?

O questiono, ele apenas sorri para mim. Vai até a cama coloca uma sacola encima, tira de dentro alguns aperitivos. Apenas o observo quando ele tira duas taças, pega o vinho, abrindo o mesmo. Suas costas ficam ereta quando ele se vira em minha direção já com uma taça cheia, aceito quando ele me entrega. Logo enchendo a outra.

- Então, não me respondeu.

Continuo, bebendo um gole. O gosto do vinho suave desce por minha garganta, deixando uma ardência deliciosa.

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