Capitolo Dieci:

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R.A.B:

Parei ao lado de Pandora, bem na frente do escritório do diretor Dumbledore. Troquei um olhar nervoso com a loira antes de dizer as seguintes palavras que dariam inicio a minha mudança de planos em relação ao legado que meu tio deixou pra mim.

- Bolo de limão.

A estátua que guardava a entrada do escritório, se abriu. Revelando cerca de doze degraus de escadaria, ao qual nos levaria diretamente para a sala do diretor. Olhei o pequeno objeto coberto por um pano e com infinitos feitiços protetivos nas mãos da Lovegood, antes de suspirar.

- Vamos logo com isso. - Dora murmurou ao lado, antes de começar a subir as escadas.

Tudo o que pude fazer, foi segui-la. Andando em direção a um futuro - Visto a pouco tempo por Dora - que eu ao menos sabia se iria de fato se concretizar.

*
.
. Minutos antes...
.

- Grindelwart e Dumbledore se conhecem, Reggie.

- Mesmo? Tio Alphard, não mencionou nada disso no diário. Qual é o problema Dora? E porque o que diz no livro tem algo a ver com Gellert?

Minha amiga bufou com minha pergunta. A fitei agora em silêncio, esperando uma resposta.

- Tudo. Gellert atualmente está preso em Azkaban porque no ano de 1899, ele matou Ariana Dumbledore.

E foi neste exato momento em que a fixa caiu. Droga!

- Perdão?!

De todas as pessoas que tinham núcleo mágico o suficiente para nos ajudar a derrubar a porra de um lorde das trevas, tinha que ser justo um assassino?! E pior o cara que matou um suposto familiar do meu diretor, que em alguns meses - Talvez semanas. - teria que me ajudar a destruir as horcruxes que - Com sorte. - eu iria capturar junto com Dora! O destino é uma vadia. Tem que ser.

- Você entendeu, Reg. - Retrucou parecendo igualmente perturbada. - O que vamos fazer?

Mordi o lábio inferior ao respirar fundo, perder a calma em momentos assim nunca era uma opção. Passei as mãos pelo cabeça me recompondo.

- Conte-me tudo o que te levou a crer que esse homem é o Gellert que procuramos.

Foram todas as palavras que minha amiga precisou para me contar as seguintes informações que me levariam a mudar nosso plano original. Ao que parece, as descrições de poder de Grindelwart - Como um bruxo das trevas, que parecia ter a igual habilidade de não envelhecer depois dos quarenta anos, como o diretor. - eram totalmente parecidas com o nível de poder que Dumbledore possuía. Entretanto não foram essas palavras que me convenceram que Grindelwart é o mesmo Gellert ao qual procurávamos, mas sim o fato de que Pandora tinha o pressentimento de que aquele era o mesmo, ao qual o diário de Alphard se referia.

E como eu sabia o quão forte é verdadeira poderia ser um pressentimento da Lovegood, logo acreditei nas suas palavras e teoria.

Entretanto, a dúvida sobre o que faríamos agora, permaneceu na minha mente. Porém, quando se tinha uma amiga como Pandora, essas dúvidas imediatamente foram embora quando a loira ficou paralisada com um olhar vago para a parede do meu quarto.

Eu já a tinha visto daquela maneira antes. Dora estava tendo uma visão.

- Temos que contar a Dumbledore. - Tinha sido uma afirmação.

Suspirei fazendo uma careta relutante.

- Certeza?

A seriedade nas feições bonitas da minha amiga, foram o suficiente pra mim findar todos os meus pensamentos, sobre como daria errado contar tuda a Dumbledore agora, sendo que tínhamos apenas uma Horchux - De cinco. - em nossa pose.

Hearts At War - StarchaserOnde histórias criam vida. Descubra agora