Emylle 💋
Assim que coloquei os pés no avião me bateu um alívio e ao mesmo tempo um sentimento de culpa por ter deixado a minha filha, senti um nó se formar pela minha garganta e a vontade de chorar bater ainda mais forte, eu não queria deixar ela, mas eu conheço a peça daquele traste, as vezes que ele me ameaçou, ameaçou fazer algo com minha mãe e até mesmo com a própria filha dele se eu abrisse a minha boca pra contar tudo o que ele fazia comigo em casa e se caso eu tentasse tirar a menina de perto dele.
Mas apesar de ficar longe da minha filha eu vou fazer o possível pra ter ela perto de mim de novo, eu queria tanto chorar e desabar ali mesmo mas me manti forte.
....
Cheguei no aeroporto do Rio depois de umas três horas de viagem, peguei o celular pra poder lembrar das informações que meu primo me passou sobre o tal carro que ia está me esperando, olhei pro celular e depois olhei todo o local e avistei o carro, fui até ele e me abaixei pra falar com o motorista.
Emylle: boa tarde, por quem você tá esperando? - perguntei e ele olhou algo em um pedaço de papel e depois me olhou.
Xxx: Índia. - respondeu e eu assenti sorrindo. - é você?
Emylle: sim, sou eu sim. - ele saiu do carro pra me ajudar com minhas malas e eu entrei no banco de trás.
...
Ele me deixou na entrada do Vidigal, disse que não podia subir e nem queria, cheguei até pensar que ele morava na favela, mas ele disse que não, o cara não era nem novo e nem velho, no caminho pra cá ele disse que um velho conhecido dele daqui do Vidigal pediu esse favor pra ele, mas apesar disso ele não ia subir por que tinha medo, e nesse velho conhecido eu consegui pensar no meu primo Luan.
Comecei a entrar na favela e quando entrei em um beco me assustei com dois caras armados apontando as armas pra mim.
Emylle: quê isso, vocês tão maluco é? abaixem isso daí. - pedi olhando pros dois.
Xxx: iih, ala, quem é tu garota? - dei um suspiro, não estava com paciência nenhuma.
Quando eu ia responder Luan surge do nada atrás deles.
Piloto: minha prima Índia, deixa ela passar, tá suave rapaziada. - me chamou com a mão e eu fui seguindo ele passando pelos cara.
Xxx: ata, foi mal aí chefia. - meu primo apenas fez um joinha.
Piloto: colé Índia, maior tempão que nós não se ver em. - eu ri. - tava casadona que eu tô sabendo, colfoi? tu veio na frente e ele vem depois é?
Emylle: não Luan, eu vim sozinha, e meu casamento não foi um dos melhores não...
Piloto: por que? o que aquele mané fez contigo?
Emylle: a gente pode conversar quando chegar em casa? não gosto de andar pela rua falando da minha vida não, olha só, povinho curioso do caralho. - ele riu.
Piloto: beleza minha Índia, chegar no meu barraco tu toma um banho e nós conversa pô, tenho todo tempo do mundo, só vou trabalhar a noite e depois quero te apresentar uma pessoa aí. - assenti e fui brincando com ele o caminho todo depois que ele falou dessa tal pessoa aí.
Eu saquei que era mulher, tava com a maior cara cínica, só quem conhece esse safado sabe quando gosta de alguém.
Fomos o caminho todo conversando e lembrando da nossa infância, de quando eu morava aqui e do quanto eu era uma capetinha desde o tempo da escola, e isso era o auge rs.
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Luan, 25 anos
Vulgo Piloto....
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ÍNDIA 💋
Teen FictionPelas imperfeições a gente se parece, pelo jeito de não falar muito de amor a gente se parece.