Capitulo 18

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Sioux Falls, Dakota do Sul.
       Mia Smoak-Queen
         Casa do Bobby

Mia estava deitada na cama encarando o teto, eles voltariam para Stone Hills ainda naquele dia, sua mochila já estava arrumada e jogada no chão do quarto. Polaris estava deitada ao seu lado recebendo carinho.

— Aí Polaris, daria tudo pra você falar comigo agora — Mia acariciava os pelos de sua cachorrinha — Talvez você soubesse exatamente o que eu devo fazer. Hope também saberia.

O único fato que se passava em sua cabeça era se tomou mesmo a decisão certa em dar uma chance para os caras lá de cima, mesmo sendo apenas um período de teste. Afinal, ela só tem treze anos. Como poderia saber qual a decisão certa a tomar? 

A dúvida a estava corroendo e a jovem já não fazia ideia de como parar com a desordem de seus pensamentos naquele momento. Castiel lhe deixou totalmente surpresa ao revelar sobre seus bisavós, aquilo não parecia coincidência e mais do que nunca, todos os seus questionamentos necessitavam de respostas.

Tudo que define sua vida naquela circunstância é a espera angustiante para voltar para casa e estar com sua família. Era isso que importava, nada mais.E se a decisão foi tomada baseada em suas emoções e não na razão?E se for uma ideia estúpida voltar para casa e por isso acabar machucando sua família? Todos estão indo tão bem, por que diabos estragar aquilo? 

Castiel não é capaz de esclarecer todas as suas dúvidas, Mia já havia lido em algum livro que o céu funciona como um tipo de hierarquia e ao que parece o anjo que está lhe ajudando não é do alto escalão, está na sua lista ter essa conversa com ele.

A garota faria qualquer coisa para estar devorando um pote de sorvete na companhia dos irmãos enquanto conta sobre a loucura de trabalhar com o céu. Certamente aquele assunto renderia horas e horas de reflexões e comentários hilários de William fazendo com que ela esquecesse a loucura que tudo aquilo parecia.

A única pessoa que pode responder um pouco suas questões é Noah, talvez saber mais sobre a história de seus bisavós pudesse ajudá-la a entender melhor quem de fato ela é. Felicity certamente citaria um milhão de razões para mostrar o quanto essa ideia é absurdamente ruim. Mia sente que está traindo sua mãe ao procurar esse homem.

Não tem como estar cem por cento segura de que se voltar para casa não vai colocar sua família em perigo, Castiel pode prometer tudo isso mas quem garante que ele vai cumprir? Ao que se sabe ele é fiel a um deus aparentemente injusto. Se ele mandar Castiel fazer algo, ele faz sem questionar, sem hesitar. 

Castiel não iria contra a um deus que ele serve há milhares de séculos apenas para ajudar uma garotinha. Mia não se achava tão especial a esse ponto, talvez não faça ideia do quanto os céus realmente a querem.

As vozes vindo da cozinha tiraram toda a sua concentração, mas uma das vozes ela não reconhecia. Então Mia levantou e desceu as escadas com Polaris atrás e sua mochila nas costas. Ela já estava pronta para ir embora.

— Oi, bom dia! — Ellen expressou animada envolvendo Mia em um leve abraço — Dormiu bem?

— Sim — Mia mentiu pois havia passado a noite toda ansiosa — E o que aconteceu ontem? Estão comemorando?

Ellen levou Mia até a cozinha ainda abraçada à garota. Havia um homem alto e negro sentado à mesa, ela nunca o viu antes. O homem abriu um sorriso ao vê-la e levantou isso em sua direção.

—  Então, essa é a criança — O sujeito disse analisando as feições de Mia — Você consegue fazer meu cérebro explodir só com um olhar?

Seus olhos arregalaram-se com aquela pergunta e ela rapidamente olhou confusa para os tios. Afinal, o que ela deveria responder sabendo de quase todas as suas habilidades? Ela poderia mesmo fazer aquilo? 

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