Capítulo 36 - Can you let me in?

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William
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William está no estacionamento da faculdade, e seus olhos encontram o carro ridículo de seu professor igualmente ridículo, Patrick. Existe algo peculiar na maneira como Patrick parece sempre surgir nos momentos mais inconvenientes da vida do jovem — como se literalmente o seguisse e isso só parece aumentar sua chatice em relação ao garoto — Patrick parece pegar no pé de William de forma implacável, transformando sua vida acadêmica em uma verdadeira corrida de obstáculos.

Enquanto aguarda a chegada de seu irmão, William sente a tentação de fazer alguma travessura com o carro trenó de Patrick. Imagina o quão desconcertado seu professor ficaria ao encontrar seu veículo "personalizado". Entretanto, ele pondera sobre as possíveis consequências dessa ação.

"Será que ele chamaria a polícia? Talvez tentasse me fazer pagar por isso. Mas, ei, ao menos renderia uma boa história para contar depois." William ri consigo mesmo, pensando nas possíveis reações exageradas de Patrick.

Observando o carro de Patrick ao longe, William começa a se divertir com a ideia de uma vingança cômica. "E se eu fizesse algo realmente épico? Cobrir o carro com adesivos de unicórnios? Certamente seria uma visão para lembrar."

Esses pensamentos irreverentes proporcionam a William um breve alívio do estresse causado pelo constante "pegar no pé" de Patrick, enquanto ele espera a chegada de Nicholas e pondera sobre as opções que tem diante do comportamento incômodo de seu professor.

William está absorto em seus devaneios sobre travessuras quando, de repente, sente uma presença atrás de si. Antes que consiga se virar, ouve a voz de Patrick, seu professor, sussurrando de forma misteriosa.

— Você está mesmo ponderando riscar meu carro? — Patrick diz, fazendo William dar um pulo de susto.

Ao se virar, William se depara com a presença imponente de Patrick. Sua pele branca contrasta com os cabelos pretos e os olhos igualmente escuros. A barba bem cuidada, uma tentativa falha de adicionar alguns anos à sua aparência jovem, não consegue disfarçar a juventude radiante que emana dele.

Patrick exala um aroma de madeira, uma fragrância que William acha surpreendente ainda persistir após um longo dia de trabalho. O cheiro amadeirado parece se misturar com a confiança sutil de Patrick, criando uma presença que, apesar de imponente, tem algo intrigante.

— Você não acha que pegou pesado com as ideias de vingança? — Patrick questiona, lançando um olhar perspicaz para William. — Seria mais produtivo focar nos estudos, não acha?

William não disse nada.

— Sabe que tem câmeras por todo estacionamento, não sabe? — Pergunta Patrick, seu tom de voz carregado de uma ameaça velada.

Nesse momento, Patrick se aproximou demais de William, como uma sombra sinistra pairando sobre ele — uma sombra muito cheirosa, pensou William. Aos poucos, o professor o direcionou até um certo ponto do estacionamento não tão longe do que estavam anteriormente.

— Bem aqui. — Fala Patrick, a tensão no ar aumentando. — Nesse ponto a câmera não grava.

William conseguia sentir a respiração de Patrick se misturar com a sua. Ele se afasta brutalmente, arrumando a roupa enquanto o professor balança a cabeça, rindo de forma sarcástica. A raiva retorna com força total ao seu peito.

— Por que é tão idiota comigo? — Pergunta William, elevando o tom de voz, a tensão palpável entre eles.

— Não fale dessa forma comigo, sou seu professor. — Disse Patrick, com seu tom de voz habitual, mas agora carregado de um poder autoritário. — Quer que eu te reprove?

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