Capítulo 26 - Reunion of destined souls

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Mansão Queen
Segunda- feira
Star City.

O dia estava lindo, a grama parecia mais verde do que outros dias comuns, o azul do céu certamente estava mais vibrante, os pássaros ecoavam um canto tão naturalmente lindo que era difícil não pensar que as coisas estariam entrando em ordem. O mundo inteiro, tanto sobrenatural, alienígena, humano ou qualquer que seja, parecia saber que naquele dia Mia e Hope finalmente iriam compartilhar o mesmo espaço depois de tanto tempo.

Era assim que Mia se sentia, como se todos os desejos mais profundos do seu coração ganhassem vida e transbordassem transformando tudo ao seu redor em algo tão bonito e repleto de sintonia que era impossível que o motivo de tudo aquilo era que finalmente encontraria a garota responsável pela alteração das batidas de seu coração. A garota que não sai da sua cabeça.

Naquela manhã, arrumando seu cabelo molhado enquanto escutava o canto dos pássaros — que parecia ter sido composto apenas para aquele reencontro — Mia deixou que aquela parte que ansiava pelo abraço da ruiva que ainda está em seu coração ganhasse aquela batalha. Era como se ela voltasse a enxergar as cores depois de tanto tempo.

Mia fechou os olhos após terminar de desembaraçar seus cabelos — que estão longos — sentindo a leve brisa que entrava pela janela aberta do quarto e respirou fundo. Seus melhores pensamentos estavam a todo vapor, a mala aberta em cima da cama já continha algumas peças de roupas e várias outras coisas que cogitava levar consigo para o Instituto. Ela jogou a escova de cabelos dentro da mala e decidiu abrir as três caixas que estavam ali, porém ao se aproximar notou que uma delas já estava aberta. Ela vasculhou encontrando seus fones.

O quadro de Hope também estava naquela caixa, a luta interna sobre levá-lo consigo ou não havia começado. Ela nunca abandonou aquele quadro, mas seria muito estranho se Hope notasse isso, certo? Ela pensou consigo mesmo enquanto encarava a pintura. A loira passou as mãos sob a tela lembrando de quando a viu pela primeira vez, ela gostava de imaginar como Hope se sentia pintando-a. O talento da ruiva mesmo tão nova estava expresso em cada traço daquela obra de arte que Mia adorava observar. Ah, como ela queria que aquela cena da pintura se tornasse real. Depois de pensar um pouco decidiu não levar o quadro, ela guardou cuidadosamente dentro da caixa. 

Fuçando mais um pouco pegou outra caixa média onde achou todos os seus diários. Ela escrevia tudo ali como se conversasse com Hope. "Ainda bem que minha mãe pensou em trazê-los" Ela pensou agradecendo mentalmente por aquilo. Na capa de cada um havia o ano e no início de cada folha tinha o dia, mês e não exato que ela estava escrevendo. Havia momentos em que ela não sabia o que escrever, achava que a vida estava parada demais para isso então apenas rabiscava algum desenho ou descrevia seu dia monótono, muitas vezes escrevia piadas que ela achava que faria Hope ri horrores e em outros dias contava o quanto sentia falta dela. Enquanto fuçava naquelas diários, uma folha caiu e ao pegar viu que se tratava da lista que as duas fizeram há alguns anos. Seu coração balançou e um sorriso enorme surgiu entre seus lábios, mas logo sumiu ao imaginar que Hope poderia simplesmente ter ignorado aquela lista. A garota afastou aqueles pensamentos guardando tudo.

Mia abriu sua mochila que estava ao lado da mala jogada na cama com a intenção de guardar seus fones junto de seu laptop — presente de Bobby — Mas notou que seu aparelho não estava ali. Rapidamente começou a procurar por todos os lados, mas não encontrava. Era a distração perfeita para não ter que pensar no encontro de mais tarde.

A mesa para o café da manhã estava quase pronta, Oliver e Felicity não dormiram tão bem na noite anterior por ficarem de prontidão caso Mia precisasse de ajuda durante a noite — O que não aconteceu — Mas pegaram no sono ocasionalmente, ambos já estavam devidamente arrumando. Felicity terminava de colocar seu brinco em frente ao espelho enquanto seu marido a observava sorrindo encostado na parede.  Era uma visão linda, mesmo depois de tantos anos de casados, o fato de se apaixonar por sua esposa todos os dias era algo tão mágico e singelo que ele desejava com toda a sua alma que isso durasse até o último dia de suas vidas.

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