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Benício⚡

Dominique:Por favor eu não quero ele aqui - Susurrou pro meu pai assim que eu entrei no quarto que ela estava no hospital.

Eliot:Dominique, não faça isso com ele... - Pediu - Deixa ele ver a irmã pelo menos - insistiu.

Dominique:Não, eu não quero ele perto da minha filha - Disse um pouco alto fazendo a neném, que estava no colo dela, começar a chorar.

Eliot:Filho... - Me olhou de um jeito que eu não conseguia decifrar.

Saí dali sem dizer uma palavra, não porque eu queria, mas porque eu não conseguia.

Saí de dentro daquele hospital antes que aquele ar de desespero me sufocasse.

Entrei no meu carro e me tranquei dentro dele.

Encostei a cabeça no volante tentando não ser consumido pela minha própria mente.

As memórias rodavam em loop na minha cabeça, flashbacks incontroláveis me torturavam.

Tudo me levava de volta para aquele dia.

Hoje completava dez anos do pior dia minha vida.

Era um dia ensolarado de 2014, estávamos passando o final de semana na nossa casa da praia.

Éramos felizes de verdade e a minha mãe ainda me amava.

Eu tinha um irmão, meu irmão gêmeo que eu amava e tinha uma conexão inexplicável.

Éramos eu, ele e o Natanael contra o mundo, tínhamos dez e onze anos.

Decidimos que íamos na praia, a minha mãe deu mil e um conselhos, pedindo pra nos cuidarmos.

Ouvimos tudo e seguimos animados até lá.

Ficamos brincando na areia e por um segundo o Natanael saiu pra comprar um picolé pra gente e me deixou com o meu irmão, um cuidando do outro.

Me distraí brincando com os baldinhos e brinquedos de praia.

E quando eu me dei conta o Benjamim tinha sumido.

Me levantei da areia atordoado procurando por ele.

Gritei até perder a voz.

Havia poucas pessoas ali e todas elas diziam não ter visto o meu irmão.

Olhei o mar, entrei lá dentro e quando percebi o meu irmão estava boiando na costa.

Tentei nadar até ele rezando pra que ainda estivesse vivo.

Mas as ondas me levavam pra longe dele.

Saí do mar e procurei um salva vidas que prontamente me ajudou.

Retirou o Benjamim da água tentando reanimar ele.

Nenhum sinal vital identificado, o meu irmão não reagiu nem por um milésimo de segundo.

Ligaram pra ambulância que estava a caminho.

Segurei a mão gelada dele implorando aos céus que me trouxessem ele de volta, mas tudo foi em vão.

Seu corpo estava gelado e rígido.

Eu gritava desesperadamente esperando que ele me respondesse com um "Não chora Benzinho" era como ele costumava me chamar.

O Natanael veio em nossa direção e travou quando viu o Benjamim deitado na areia.

Natanael:O que aconteceu Ben? - Me perguntou deixando os picolés caírem no chão.

A Lua e euOnde histórias criam vida. Descubra agora