Benício⚡
Natanael:Você vai me pagar seu desgraçado - Disse embolado enquanto cambaleava de tão bêbado que estava.
Benício:Não começa com essa porra Natanael - Saí andando pelo corredor que ligava os nossos quartos.
Natanael:Espera aí fracote - Veio em direção a mim e eu parei me virando pra ele - Eu vou acabar com a carreira e a vida da Lua se você não parar de me talaricar - Apontou pra si.
Benício:Vocês não estão namorando mais, então não é talaricagem - Ele riu, riu até demais.
Natanael:É complicado amar ela, mais eu amei, eu gostava dela ainda e você nem ligou pra isso - Se aproximou soltando o bafo de cerveja na minha cara.
Benício:Amar a Lua é a parte mais fácil da minha vida, se você gostasse tanto dela assim como diz, não teria traído ela com quatorze mulheres - Eu vi a ira em seu rosto mas não me arrependi nem por um segundo por dizer a verdade.
Ele me empurrou me fazendo cair deitado no chão e se ajoelhou ao meu lado me segurando pelo pescoço para que eu não pudesse me levantar.
O rosto estava enrubescido por causa de seu ódio exacerbado.
Tentei tirar a mão dele antes que ele me cortasse todo o ar, mas não consegui.
Ele era mais forte e maior do que eu.
Me debati e ele começou a socar o meu rosto.
Eu não tinha forças pra me mexer porque o ar não chegava aos meus pulmões.
Quando ele finalmente me soltou puxei o ar com força.
Ele começou a me chutar com toda força que tinha em si, eu reagi dando uma rasteira nele fazendo ele cair.
Me levantei com dificuldade e logo me agachei ao lado dele e segurei o seu rosto com uma das mãos.
Benício:Eu só não te quebro agora porque você tá bêbado - Ele me encarou rindo.
Natanael:Ué tem medo de me ver morrer assim como viu o nosso irmão? - Ninguém naquela casa nunca tinha tocado nesse assunto desde o dia do ocorrido, era estranho escutar isso em voz alta.
Soltei ele e fui pro meu quarto.
Me olhei no espelho e reparei no monte de hematoma que tinha espalhado pelo meu corpo, fiquei ali observando por um tempo e depois saí do quarto na intenção de ir buscar gelo pra amenizar a dor dos ferimentos, mas parei no instante que percebi que o Natanael continuava ali jogado no chão ao lado de uma poça de vômito.
Levantei ele do chão, mesmo sabendo que ele não merecia um pingo da minha piedade.
Levei ele pro banheiro e o enfiei debaixo da água gelada do chuveiro, enquanto ele murmurava algo que eu não fiz a menor questão de tentar entender.
Quando ele terminou, eu o tirei de lá e vesti a primeira roupa que eu achei naquele guarda roupa.
Dei um remédio pra ajudar a curar o mal estar.
Depois de uns quinze minutos apertando a minha mente ele dormiu, olhando assim nem parece que faz da minha vida um inferno.
Cobri ele com a coberta e saí apagando a luz.
No outro dia ele não se lembraria de nada disso.
Agradeci mentalmente pelos meus pais não terem que ver a pancadaria entre nós, eles estavam cuidando da minha irmã no hospital.
Limpei onde o Natanael tinha sujado e fui pro meu quarto dormir já que era a única coisa que me impedia de ter um surto psicótico.
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