Benício⚡
Lua:Tem certeza que se sente bem em ir pra casa? - Se sentou do meu lado no sofá.
Benício:Eu acho que preciso fazer isso - Ela assentiu.
Lua:Tudo bem então, se precisar estarei de portas abertas - Sorriu - Vou sentir saudade de você e da bola de pelo - Brincou fazendo carinho no Théo.
Benício :Qual é, a gente só ficou um dia aqui - Eu ri.
Lua:Ué não posso sentir a falta de vocês, seu ingrato - Fingiu indignação.
Benício:Claro que pode minha Lua - Dei um sorriso e ela não se conteu também.
Lua:Você é um cara incrível Ben, espero que seja bem recebido de volta na sua casa - Me abraçou e eu retribuí.
Benício:Obrigado Lua, de verdade - Ela me apertou no abraço - Agradeça aos seus pais por mim - Não pude agradecer pessoalmente pois eles estavam no hospital pela milionésima vez na semana, torcia pra que o Otto aceitasse fazer a cirurgia de retirada do tumor que pudesse ganhar uma nova vida.
Nos separamos do abraço demorado e olhei no fundo de seus olhos que brilhavam como a noite estrelada.
Sorriu fraco se aproximando cada vez mais de mim, fazendo um arrepio diferente percorrer meu corpo. Ela segurou meu rosto com as mãos e o acariciou com um polegar.
Ancaixei minha mão em sua nuca e tomei seus lábios.
Eu podia sentir o seu toque delicado, os lábios macios nos meus, o calor de seu corpo, era inexplicável.
Era um beijo lento, cuidadoso, me fazia querer ficar ali para sempre.
Nos separamos quando escutamos a buzina lá fora e eu encostei a minha testa na dela.
Benício:Preciso ir agora - Beijei a mão dela e me levantei.
Lua:Depois me conta como foi voltar pra casa tá? - Eu assenti pegando o Théo no colo - Tchau bola de pelo - Brincou com ele que ficou todo agitado.
O coloquei dentro da caixa, peguei a mochila com as minhas coisas e saí pela porta principal.
Meu pai já me esperava.
Coloquei minha bolsa no banco de trás e entrei com a caixa do Théo no banco da frente, me acomodando lá.
Eliot:E aí - Disse com aquela cara de que o assunto era sério.
Benício:Oi pai.
Fomos o caminho todo pro restaurante em completo silêncio.
Chegamos lá em cerca de trinta minutos e colocamos nosso carro no estacionamento.
Entramos discretamente.
O restaurante foi fechado pra nos receber e evitar tumulto.
Era só eu, meu pai e o Théo naquele grande salão lotado apenas com mesas.
Nos sentamos em uma mesa qualquer e o garçom veio anotar os nossos pedidos.
Benício:Então, o que aconteceu? - Perguntei enquanto abria a caixa do Théo que saiu se deitando em cima do meu tênis
Eliot:Filho, eu e a sua mãe nos separamos e ela quis ir embora morar em uma das casas dela no outro lado da cidade - Fiquei surpreso com a notícia.
Benício:Que bom - Sorri.
Eliot:Benício! - Me repreendeu.
Benício:Já estava na hora pai, vocês dois não se amam mais e viver assim é como se torturar na esperança de que algum dia tudo volte a ser como era antes - Ele suspirou.