SophiaLobo: Por que não fica mais um pouco?
Sophia: Não posso. Juro pra você que se eu não pisar no Rio Grande do Sul hoje a noite, o meu pai vem atrás de mim - falei, vestindo a minha blusa.
Lobo: Semana que vem a gente vai viajar, pra comemorar o aniversário da mãe - ele comentou, ainda deitado na cama do próprio quarto.
Sophia: Já tá me dando satisfação, Lobão? - ele rolou os olhos - Zoeira, não me xinga.
Lobo: Tô só falando pra tentar te fazer mudar de ideia e ficar aqui.
Sophia: Não vai rolar. Eu tenho que ir.
Lobo: O Patrick deu o papo de que vai te deixar no aeroporto - eu concordei com a cabeça - Não posso ir.
Sophia: Fica de boa. Não precisa me levar. Vai ser bom ficar pelo menos um pouco com o Patrick, já que ele passou as minhas férias toda fugindo de mim.
Me sentei na cama, do lado dele, pra calçar o tênis e senti os braços dele agarrando a minha cintura. Nós estávamos na casa dele. Não do Barão e da Isa, era na casa do Gabriel mesmo. Tinha dormido ali noite passada, e a gente nem conseguiu curtir muito pois ele continuava com dores na perna por conta do tiro, então rolou só um lovezinho básico.
Lobo: Quando tu volta? - perguntou.
Eu me ajeitei de forma que pudesse ficar de frente pra ele, deixando nossos rostos bem próximos.
Sophia: Não sei. Mas você pode me visitar quando melhorar - ele riu - Ué, se arrisca, Lobão!
Lobo: Vou chegar lá em um saco preto. Tu só vai poder me enterrar mesmo.
Sophia: Eu sei que você vai dar um jeitinho - colei minha boca com a dele, dando um beijo final - Foi legal passar uns dias sem querer matar você.
Lobo: Digo o mesmo.
Sophia: Poderia ter rolado antes, mas você se faz.
Lobo: Ah, tu é muito chata, cara. Só reclama.
Dei uma mordida na bochecha dele antes de me levantar e pegar a minha bolsa. O Patrick já tinha avisado que estava me esperando.
Sophia: Tchau, Lobão. Cuida do teu irmão por mim e o convite é real. Quando quiser aparecer, é só me ligar.
Lobo: Boa viagem, maluca.
Desci as escadas da casa dele correndo, encontrando o Foguinho sentado no capô do carro, fumando um cigarro. Ele me olhou e fez careta. Eu já logo mandei um beijo.
PT: Tu vem pro Rio só pra pegar macho, né? Fico puto.
Tirei o cigarro da mão dele, colocando na minha boca e dando uma tragada. O Foguinho já me olhou de cara feia e eu devolvi aquele troço pra ele.
Sophia: Vou vir pra que? Olhar pra tua cara? Tô de boa, meu amigão.
Ele desceu do carro e eu fiz careta na hora que senti o meu estômago se revirando com o cheiro do cigarro.