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PT

Nem consegui aproveitar muito tempo com a minha preta, porque logo depois, subiu pro quarto a mãe, o pai e os meninos. A Sophia, a Iara e a Débora não sei onde estavam. E aí foi sessão de abraço e de juras de amor pra cima da minha mulher.

Quando a Isa tava abraçando a Aurora pela décima vez, eu vi que o meu pai limpou o rosto, porque tava chorando.

Resolvi tirar a paciência dele.

PT: Tu não é o fortão? Achei que não chorava.

Ele me encarou com a pior cara, e eu sorri.

Barão: Tu tá todo engraçado agora, né?! A meia hora atrás tava matando todo mundo com o olhar - ele já veio invertendo a situação pra tirar onda com a  minha cara também.

PT: Claro, pô. Minha gata tava sumida, como que eu ia ficar na paz, sogrão? - ele fechou a cara mais ainda e eu nem sabia que era possível - Tá orgulhoso, né?

Barão: Eu vou te matar.

Eu ri, e vi que o Matheus estava nos olhando com uma expressão estranha na cara.

Gabriel e o Davi não escutavam o que falávamos, porque estavam prestando atenção na mãe e na Aurora que conversavam.

Estiquei meu pescoço pro Matheus, e cruzei os braços. Agora que a Aurora já estava em segurança eu podia lembrar que estava bolado com eles.

Falcão: Queria falar uma parada - falou alto, atraindo atenção de geral.

Isabela: Não da pra só aproveitar esse momento? Nós vamos ter muito tempo pra conversar sobre o que quer que seja.

A Aurora puxou a Isa pra sentar na cama ao seu lado, mas me procurou com o olhar, provavelmente temendo a reação que eu teria.

Eu tava de boa, mas se ele começasse com a putaria, o Foguinho ia aparecer.

Falcão: Não, Isa. Desculpa, não dá - ele olhou pra minha Aurora e eu já comecei a ficar nervoso pra caralho - Eu queria pedir desculpa pra ti, por toda a parada de errado que eu fiz no dia da festa do Davi. Não tô dizendo que eu tô super acostumado com isso. Porque ainda é estranho pra caralho, e preciso de um tempo pra me acostumar. Mas eu rezei muito pra Deus, tá ligado?

Aurora: Para, Matheus - ela pediu, já com a voz embargada.

Ele balançou a cabeça em negação.

Falcão: Eu prometi que eu ia aceitar até se tu quisesse casar, sei lá... com qualquer pessoa.

Pigarreei.

Barão: Fica na tua, porra.

Fiquei quieto.

Falcão: Mas vale ter tu aqui, do que não ter. E é o Patrick, né? Isso me conforta e me assusta ao mesmo tempo - ele coçou a nuca - Tô nervosão. Mas peço desculpas se agi do jeito errado e não dei abertura pra vocês se explicarem.

Aurora: Você não tem que se desculpar comigo. Foi o Patrick que ouviu o que não precisava.

Olhei pra ela.

Fruto Proibido Onde histórias criam vida. Descubra agora