SophiaOlhei para a foto que eu tinha tirado do teste, mais uma vez, duvidando muito de que fosse verdade.
Minha nossa senhora, eu tava tão tão tão ferrada.
Antes de embarcar no avião para voltar ao Rio de Janeiro, eu mandei mensagem para o Lobo dizendo que precisava falar com ele urgentemente, e depois mandei mensagem pro Foguinho, dizendo que ele tinha que me buscar no aeroporto.
Ouvi a voz da aeromoça anunciando o pouso do avião, mas a turbulência rolando ali era muito menor do que a que rolava em minha cabeça.
Ok. Vamos lá. Enjoos, náuseas, nada disso tinha me preocupado. O que me preocupou foi o momento em que eu me dei conta de que a minha menstruação estava a uns três dias atrasada. Fiz o teste somente pra tirar isso da minha cabeça, porque pra mim, não havia a possibilidade de estar grávida.
Pois é, o bebê devia ter gargalhado muito da minha cara.
Ainda era bem estranho pensar que tinha um bebê dentro da minha barriga, mas eu passei as últimas vinte e quatro horas inteiras pensando nisso, então nem tinha como esquecer. Minha vontade era ligar para o Gabriel e contar tudo de uma vez, mas eu não achava legal... por toda a história dele no passado.
Não posso dizer que esperava uma reação positiva, mas também não posso dizer que seria legal receber uma reação negativa.
O que eu posso dizer é que faria a minha parte de contar a ele sobre o bebê, que obviamente era dele, pois não tinha nem a menor possibilidade de ser de nenhuma outra pessoa.
Se o Gabriel quisesse conviver com o filho tudo bem, eu não obrigaria nada a ele, nem a ninguém. Mas independente do Gabriel ter o jeito dele comigo, ele era filho do Barão, e tinha como exemplo o próprio pai, isso me tranquilizava e me fazia pensar que a reação dele não poderia ser tão ruim assim.
- Moça - a aeromoça me chamou, e só aí eu notei que o avião estava vazio - Você precisa de algo?
Neguei e me levantei da poltrona rapidinho, saindo do avião.
Depois de retirar a minha mala e os meus pertences, que nem eram muitos, pois a minha intenção não era passar muito tempo na cidade, meus olhos procuraram pelo Foguinho, e para a minha surpresa a Aurora estava junto com ele.
Os dois não tinham notado a minha presença. Estavam abraçados, um de frente pro outro, e ela sorria para o meu melhor amigo, enquanto falava algo, ele tinha um sorriso contido nos lábios, mas revirava os olhos com a cara fechada.
Será que era uma boa hora pra contar pro meu filho que a família dele era bem complicada de entender?
Cheguei mais perto dos dois e pigarreei. Eles me olharam assustados, se afastando.
Sophia: Não vi, não sei e não falo - cocei os meus olhos - Vocês dois são malucos.
PT: Fala mermo, Gauchinha. Tenho peito de aço - ele falou, me abraçando - Já sentiu saudade da alcateia?
Sophia: Vim ao Rio por motivos maiores - falei, suspirando.
A Aurora veio me dar um abraço também.