ㅤ E se não houvesse como voltar para casa?
Quando mesmo após conquistar todas as cartas, Harumi, o estranho garoto qual salvou depois do jogo do rei de espadas, chamado Chishiya, e as demais pessoas que conheceu, descobrem com o fim dos jogos q...
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Não haviam mais motivações para seguir, jogos para vencer, lugares para ir. Após conquistarem todas as cartas, não era possível imaginar como as pessoas reagiriam caso se encontrassem em uma linha do destino tão pessimista quanto aquela, mas havia algumas coisas quais a humanidade nunca poderia correr, onde quer que estivessem todos ainda continuavam desesperados, sedentos por uma razão de existir. Harumi constatou que era tolice imaginar que as pessoas pudessem mudar tão rapidamente.
Em um mundo que lhe deixa sem volta para casa, o que restaria além da natureza mais simples de todas? Sobreviver.
Conquistar.
— Certo — Murmurou Kuina, sentando-se sobre uma pequena bancada de roupas, seus olhos ainda em alerta, fosse pela perseguição repentina, ou pela morte do estranho homem do lado de fora. Sua mão pressionando o curativo sobre o machucado.
— O que foi isso? — Usagi questionou, também ainda em êxtase. Ela se acomodou junto de Arisu no chão empoeirado do recinto.
— Eu não sei — Sussurrou o moreno, seu olhar distante.
Harumi também constatou que era muito fácil tirar Arisu de órbita.
— O que aconteceu é que as pessoas não mudam simplesmente pelo mundo mudar — Comentou a morena, escorando-se na bancada qual Kuina estava, seu olhar procurou inconscientemente por Chishiya, que estava quieto mais ao canto — Niragi ainda é o que sempre foi, ganancioso, pirado.
— Na verdade é um bom cenário para ser assim — Comentou Chishiya colocando as mãos mais uma vez para dentro do conforto de seus bolsos.
— Falando nele, temos algo importante para tratar aqui — Disse Kuina, como quem se lembrava de importante — Como você — A garota apontou para a mais baixa ao seu lado — Conhece o Niragi.
Todos olharam para a jovem adulta, se agarrando em qualquer oportunidade que possuíssem de falar de algo que era claramente mais importante que aquilo: o renascimento de um lugar esquecido.
— Nós íamos a alguns jogos juntos, com outros jogadores — Harumi deu de ombros, fazendo pouco caso do assunto. Ela percebeu a ansiedade crescendo em Usagi, e se questionou o que aquele desgraçado poderia ter causado para ela.
— Você era parceira do Niragi? — Usagi questionou confusa, suas mãos em volta de seus joelhos retraídos.
Da praia, ela fazia parte do início da praia, a parte sorrateira da elite.
— Kwon Harumi, você era namorada do Niragi?! — Kuina exclamou, sua voz ecoou pelo recinto mórbido.
— Vocês são extremamente — Harumi buscou por um momento a palavra — Emocionados, nós apenas tínhamos interesses em comum — Ela normalmente se sentia arrependida de confessar coisas como aquelas, de ter se aproximado de alguém sem saber todas suas vertentes.
