𝐂𝐀𝐏𝐈𝐓𝐔𝐋𝐎 𝐃𝐄𝐙 - Sorte e sofrimento

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      Era destoante observar o estardalhaço das pessoas ao seu lado em meio a escuridão e silêncio avassalador do país qual estavam, Harumi caminhou um pouco afastada dos demais, analisando seus gestos envaidecidos, apesar de nem ao menos terem ad...

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      Era destoante observar o estardalhaço das pessoas ao seu lado em meio a escuridão e silêncio avassalador do país qual estavam, Harumi caminhou um pouco afastada dos demais, analisando seus gestos envaidecidos, apesar de nem ao menos terem adentrado no prédio do jogo da noite ainda. A morena se sentia embriagada pela discussão de mais cedo, sua mão formigando no desejo de levantar sua arma novamente, ela observou Niragi ao seu lado, que caminhava como se nada tivesse acontecido a apenas algumas horas atrás, o rapaz costumava agir assim, como se possuísse uma memória de curto prazo, apesar de ser extremamente rancoroso quando queria.

      Niragi mudava de acordo com a situação que mais lhe favoreceria.

      Eles finalmente estavam na entrada do prédio, o ambiente, diferente de muitos outros quais eles já haviam encontrado, estava destruído, as rachaduras nas paredes denunciavam que talvez aquele local já estivesse ao menos com um pouco daquelas marcas antes mesmo de ser levado — ou seja lá como que as coisas vieram para aqui — para o estranho mundo. Harumi vislumbrou a linha vermelha, em uma finura quase tão pequena que poderia ser considerada invisível, cercando o prédio baixo, e por um momento não pode evitar de se recordar de seu primeiro jogo. A jogadora olhou em volta, de soslaio, enquanto toda a desapegada equipe adentrava no jogo, recebendo um baixo bipar como resposta positiva do ato, não era novidade a garota ficar por último, talvez fosse uma mania sua e do moreno ao seu lado, porém naquela noite, segundos antes do mesmo passar por completo o seu corpo para o outro lado do laser avermelhado, Harumi desacelerou seus passos mais do que o de costume, esticou seu braço agilmente, tomando o fuzil do mais alto, que apesar de o carregar apoiado sobre o ombro, foi pego de uma maneira tão desprevenida que nem ao menos conseguiu apertar seu toque ao armamento para lhe puxar para si novamente, ou cessar seus passos antes que o previsto.

      Um novo bipar foi audível, anunciando que Niragi estava dentro do jogo, e Harumi, ainda fora.

     — Que porra é essa? — O homem exclamou, ameaçando partir para cima da morena, qual possuía um sorriso encantador até demais, nos lábios.

     — Isso, sai mesmo — Zombou, apoiando o fuzil sobre o ombro, da mesma forma que o rapaz fazia — Eu quero ver o laser atravessar a sua cabeça.

     — Sua merdinha! — Gritou com todo o ar de seus pulmões, era possível ver seu rosto começar a avermelhar-se pelo nervosismo.

     O ecoar de sua voz chamou a atenção dos demais membros da praia que estavam no jogo, sendo a maioria pertencente a milícia, Harumi escutou seus sapatos deslizaram sobre o chão, correndo novamente para junto a entrada, apesar de não estarem exatamente distante. A morena saltou rapidamente para o lado, fazendo seu corpo ficar em um ponto cego para aqueles que estavam cercados pelos limites do jogo, sua risada ressoou tão alta e estridente que havia no fundo, assustado até a si mesma, apesar do sentimento reconfortante da ação ainda ganhar.

𝐓𝐇𝐄 𝐑𝐄𝐀𝐋 𝐆𝐀𝐌𝐄 - 𝘚𝘩𝘶𝘯𝘵𝘢𝘳𝘰 𝘊𝘩𝘪𝘴𝘩𝘪𝘺𝘢Onde histórias criam vida. Descubra agora