𝐂𝐀𝐏𝐈𝐓𝐔𝐋𝐎 𝐍𝐎𝐕𝐄 - Morte aos traidores

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     Se ninguém tivesse dado atenção ao alerta do homem diante a porta, ao menos teriam escutado o som dos tiros qual disparou em direção as duas garotas que foram surpreendidas na sala, os projéteis foram lançados rapidamente pela arma, em uma tr...

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     Se ninguém tivesse dado atenção ao alerta do homem diante a porta, ao menos teriam escutado o som dos tiros qual disparou em direção as duas garotas que foram surpreendidas na sala, os projéteis foram lançados rapidamente pela arma, em uma trajetória bagunçada e imprecisa que deu a possibilidade de Kuina se arremessar sobre Harumi lhe salvando deles, elas caíram no chão, dessa vez a mais baixa sobre o braço da jovem de dreads, diferente do primeiro encontro qual tiveram, algumas caixas de papelão lhes protegeram por alguns segundos. Harumi se ergueu de sobressalto após girar para o lado, seus pés tomando impulso para lhe erguer, suas madeixas mais bagunçadas do que antes, enquanto ajudava a colega em meio a segunda tentativa de tiros que foram lançados. Silenciosamente elas entraram em um acordo com um singelo balançar de cabeça, e deram um impulso para frente, derrubando as caixas — agora furadas pelos tiros —  em direção do atirador, com a ajuda da distração, Harumi arriscou um contato direto, acertando com um chute em seu rifle e o jogando para longe, o homem confuso tentou utilizar seus punhos, não tão mais confiante quanto antes, porém foi impedido novamente, dessa vez pela mulher mais alta que lhe deu um segundo golpe, o fazendo se chocar na parede desbotada do corredor.

     — Vamos! — Kuina alertou, aproveitando o rapaz ainda caído em sua frente, suas mãos buscando um lugar para se agarrar demonstravam que não ficaria por muito assim.

     Harumi pensou em começar a correr junto da colega, mas não pôde evitar seu espírito egoísta que ansiava pelo novo armamento jogado no chão, do outro lado do corredor, ela saltou por cima do homem, pegando seu antigo rifle, e foi surpreendida pelo seu pé sendo puxado repentinamente. A arma foi utilizada mais uma vez, porém agora pelas mãos de sua antiga inimiga, que acertou o braço do homem, fazendo-o soltar seu tornozelo pelo choque que a dor causou.

     — Custava só ir logo? — Kuina questionou, começando finalmente a correr, como desejava ter feito antes. Harumi não lhe respondeu, apenas continuou a correr, perdida em seus pensamentos e indecisa sobre o que fazer com o novo armamento, ela nem ao menos gostava de armas barulhentas como aquelas.

     — O que aconteceu? — Usagi questionou saltando do segundo andar, pousando no piso inferior como se tivesse algum controle diferente da gravidade, sua respiração pesada sendo ocultada pelos passos que pareciam vir de todos os lados, talvez eles não estivessem tão despreparados quanto a ex-jogadora havia julgado antes.

     O curioso grupo se reuniu no piso térreo do hotel mais uma vez, Arisu e Chishiya puxando o ar para seus pulmões com tanta força que pareciam terem corrido uma maratona. Ainda era difícil entender o que estava acontecendo ali, tiros foram disparos em sua direção novamente, do andar superior. A visão de Harumi tão turva que sentia como se fosse desmaiar. O pior de tudo era que nem ao menos lhe importava o fato de estar prestes a morrer naquele lugar, mas sim como podia estar prestes a morrer naquele lugar. Ela não sabia se sentia raiva pelo quanto permitiu que seu coração a levasse, arrependimento, ou medo.

     Medo de ter medo que alguém ali se ferisse.

     — Corram para a sala de limpeza — Harumi pediu empurrando os colegas em direção a escada, a mesma escada qual algumas pessoas desciam para acabarem com eles.

𝐓𝐇𝐄 𝐑𝐄𝐀𝐋 𝐆𝐀𝐌𝐄 - 𝘚𝘩𝘶𝘯𝘵𝘢𝘳𝘰 𝘊𝘩𝘪𝘴𝘩𝘪𝘺𝘢Onde histórias criam vida. Descubra agora