The Party

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𝑷𝒐𝒗. 𝑬𝒏𝒊𝒅 𝑺𝒊𝒏𝒄𝒍𝒂𝒊𝒓








As aulas já haviam acabado naquele caótico dia, a boca dos adolescentes estavam ocupadas falando da "grande" festa sem celulares de Barclay.

Era um dia mais que aguardado, um dia a qual adolescentes com vidas desinteressantes ou estressantes poderiam se afogar em drogas, bebidas e orgias sem medo do amanhecer, era uma sensação simultânea de liberdade entre todos, movidos por mentes irresponsáveis e perversas. Saia entre a multidão com certa agressividade, minha paciência naquele exato instante não estava nem um pouco afim de lidar com alunos lerdos e inconveniente que parecem que não sabem que ficar parado no meio de um corredor escolar lotado, é pedir para ser empurrado. Minha ansiedade me perturbava o dia inteiro, as crises não foram tão presentes durante o horário em sala de aula, mas de qualquer forma minhas mãos tremiam involuntariamente junto a uma forte pressão respiratória que não me deixava em paz.

Meu ânimo em questão a tal festa era muito menor, em quanto Yoko e Divina falavam sem parar da prevê-a noite que estava poucas horas a se acontecer, eu estava me sufocando por dentro, pensando como seria chegar em casa e explicar toda a situação para minha mãe. Só em cogitar em pensar nisso fazia meus pelos se arrepiar, meu coração acelerar mais ainda e meus olhos ficarem de uma maneira zonza, eu estava em um modo de desespero. Divina e Yoko não imaginavam pelo que eu estava passando, a minha situação em casa nunca foi um diálogo a qual nos exploramos muito, e pra ser sincera era algo a qual queria também manter distância. Algo tão delicado não seria pauta de nossas conversas.

No mesmo momento Watson me chamou querendo saber o horário a qual iríamos nos encontrar na festa, respondi rapidamente para as duas estarem em minha casa as 20:30, ou se não, eu iria sem elas. O diálogo não durou muito de minha parte, fui me despendido de imediato deixando as mesmas para trás com certa confusão em seus olhares. Naquele instante eu não queria lidar com nada além de chegar em casa ,e deitar em minha cama. Além de todo medo, algo dentro do meu subconsciente expressava que iria ficar tudo bem , meu pressentimento não estava tão ruim quanto imaginava, era óbvio que no fundo de tudo estava me tremendo de medo e pavor pelo que estava por vir quando pisasse naquela residência. Tudo que eu mais desejava, era que as marcas não ficassem tão expostas quanto antes. Chamei pelo primeiro táxi que passava por aquela rua, o mesmo logo parou destrancando a porta do alto-móvel amarelo, fui recebida por um "Bom dia" nada convincente da parte do motorista, as olheiras grandes e expressão cansada podia ser vista do retrovisor do carro, oque explicava muita coisa sobre o tom vocal de sua voz. Aquela tal "Bom dia" que havia recebido soul tão irônico em minha mente como nunca, esse dia poderia ter sido várias coisa, mas \Bom/ ele não estava.






                                      [...]






O percurso foi quieto e agonizante, a cada rua que meus olhos se encontravam significava que meu destino estava cada vez mais próximo a sua chegada, minhas pernas tremiam e batiam incessantemente na superfície do carro involuntária mente,
estralava meus dedos a todos segundo sem nem ao menos conseguir realizar mais o ato em minhas mãos, eu já estava uma pilha de nervos, e quando o carro de porte médio finalmente estacionou em frente a minha casa, pude sentir o suor de pavor descer sobre minha nuca.

Minhas mãos falharam ao tentar abrir a porta, minha garganta já estava em estado seco a ponto de rasgar cada parede da mesma, eu estava tão tensa que meus batimento já não seguiam sua frequência comum. Ao sair do carro com dificuldade me via mais uma vez em um choque corporal, estava a equivalentes 10 passos de distância da minha possível morte, encarando a residência pasma sem coragem de seguir em diante. Um suspiro pesado saiu da minha garganta, quase parando no meio do processo pelo meu estado de tremedeira. Apertei meus punhos com força, deixei o ar mais puro que tinha inundar meus pulmões, fechei meus olhos recompondo o destemor, dando meu primeiro passo em diante até o local.

𝕄𝕪 𝔹𝕠𝕩𝕖𝕣 (wenclair)Onde histórias criam vida. Descubra agora