The game without control

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Boa leitura 📚

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ℙ𝕠𝕧. 𝔼𝕟𝕚𝕕 𝕊𝕚𝕟𝕔𝕝𝕒𝕚𝕣








A multidão sobre meu olhar, corpos se esfregando e nos encostando até o momento, pessoas olhavam pelos cantos dos olhos com possível curiosidade, outras já pareciam sussurrar pelas áreas do local o que estavam assistindo. Mas a maioria já nem tinham consciência para conseguir raciocinar tal cena que passava pelo seus olhares, tudo que o efeito das substâncias podia ser tomado já estava preenchidos, apenas continuavam de pé, pela humilhante sede de continuarem a promover tal ato.

Pouco me importava o que estava ao meu redor, era algo mais previsível do que nunca, os olhares tortos e os cochichos para todos os cantos da casa. A matemática básica daquele local, era simples. A garota mais popular do colégio "mais" a melhor líder de torcida do colégio. Era como somar 2+2, que dariam um perfeito 4, mas no lugar desse número, seria o resultado de blogs de fofocas de NeverMore estourando de notificações na manhã seguinte.

Nesse momento, eu não precisava me preocupar com tal furdúncio que iria se espalhar pelos corredores no dia seguinte. A certeza que preenchia meu corpo, era que todos aqueles que estavam com seus rostos amargos e de desprezo, apenas julgando de forma aberta com a força do olhar, rezavam para que essa cena se repetissem com eles. A inveja dos próximos nunca chegou tão perto da minha nuca quanto nesse momento, nem a popularidade manipuladora e os olhares de admiração, chegariam perto do que podia sentir naquele momento. Estar ao lado dela trazia mais que atenção, trazia desejo, desejo daquilo a qual queriam tocar, desejo daquilo a qual gostariam de vivenciar, desejo daquilo a qual gostariam de ter e usar, Wednesday não era uma peça qualquer em meio ao tabuleiro a qual todos queriam se aproveitar. Ela era a rainha daquele jogo, que poderia fazer todos os movimentos possíveis que pudessem vir em sua cabeça. Ela era peça que todos queriam ser. Que pudessem trazer poder e liberdade, que exalava a perfeição e o imponderável, fazia seu jogo ser mais fácil. Por isso que em poucos movimentos, ela já consegui seu Xeque-mate.

Mas porque ela não era rei do imenso tabuleiro? O mais importante, o mais protegido, o final da partida.

Porque Wednesday Addams não era o final da partida, ela fazia o seu próprio final de partida.

Olhar aquela situação, encarando cada ponto do que estava por vir, deixava algo vazio perambular pela minha mente. Era óbvio que eu seria mais uma peça na sua coleção milenar de garotas iludidas e inocentes, mais uma estudante que levaria para cama e no dia seguinte se encontraria solitária em meio aos lençóis, tendo a única lembrança coerente de sua noite passada, a imagem que recordaria mil vezes em sua mente, apenas para uso próprio. Se queixar ou cobrar algo depois, era sinônimo de piada. Não existia compromisso quando se falava da latina, e muito menos sentimentos. Tudo para ela momentâneo, apenas não se passava de mais alguém se arrastando até seus pés, pedindo com fome e desespero para que fosse fodido pela Addams. Mais uma marionete de seus encantos.

Ela me queria, e isso já estava mais que óbvio. Sua mão agarrava a minha com possessividade em meio a maré da multidão, na tentativa de se deparar ao encontro de um quarto vazio.

Eu não seria mais uma de suas putas, não seria mais uma líder de torcida que gemeria seu nome desesperadamente apenas dando oque ela queria escutar. Não seria mais uma garota que imploraria pelo seu toque agressivo e irresistível, em quanto se vangloriava pelos cantos, quantas conseguia ter em sua mão apenas com sua única expressão.

𝕄𝕪 𝔹𝕠𝕩𝕖𝕣 (wenclair)Onde histórias criam vida. Descubra agora