Uma mãe entende outra

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Oeste do território Tipani
09:23

Lukan saia da caverna pensativo, estava pensando nas palavras que ouviu de Ralu. Com a idade do Lukan o Ralu já estava ajudando o melhor amigo a montar um Toruk, e o Tipani almejava ter uma história tão grandiosa quanto a do Omaticaya para contar. Tipanis são guerreiros temidos, mas sem grandes histórias, a mais famosa era quando ajudaram o primeiro Toruk Makto a salvar a Árvore das almas do clã Omaticaya, e também ofereceram um escudo poderoso ao Toruk Makto para que este pudesse montar o grande fera do ar.

Lukan andou um pouco e estava perdido em seus pensamentos, mas ao longe ouviu uma voz o chamar e se manteve em alerta para assim escutar de onde vinha, quando olhou a frente viu Kiri correr em sua direção.

- Lukan! Que bom que te achei, estavamos procurando por você... O Itan não enxerga bem durante o dia então eu deixei ele no laboratório junto do Neteyam. - Chegou perto dele e percebeu o olhar triste do garoto. - Aconteceu alguma coisa?

- Não, eu só não consegui caçar direito. - negou com a cabeça e deu um leve sorriso para a garota.

- Saiba que eu estou aqui caso queira conversar. - Tocou no ombro dele e fez um carinho.

- Obrigado.... - Colocou a mão por cima da dela e fez um carinho. - Quer voltar para os outros?  Ou prefere explorar um pouco? - Sorriu maior na última frase.

- O que temos para explorar? - Perguntou e também sorriu.

- Temos essa grande floresta, podemos passear de  Pa'li ou de Ikran. Aliás, tem um acampamento abandonado dos humanos perto dos jardins suspensos. - Falou animado, parecia ter se esquecido de toda a preocupação de antes.

- Jardins suspensos? Parece bonito, vamos lá... Quer dizer, não tem problema irmos sozinhos? - Perguntou, mas ela também já tinha se animado a ir.

- É só ninguém saber, vamos atrás do Itan e levar ele também. Será que ele já andou de Ikran? - Como algo involuntário ele segurou na mão da garota, ela praticamente nem notou. - Vamos de antes do anoitecer, aí ainda veremos de dia e voltaremos para a aldeia de noite.

- Vamos lá, deixei o Itan com o Neteyam e o Aonung. - Apertou a mão dele e foram juntos até a árvore mãe.

Jake Sully

Estava impressionado, além de Kasämy, Säluken tinha outro filho genial, Lusäkin era brilhante, ele tinha uma visão de batalha digna de um general, ele apresentou vantagens, desvantagens, apontou problemas e soluções... Não a dúvidas de que será um ótimo Olo'eyktan. Sua esposa também não ficava para trás, ela complementava tudo que o outro dizia com coerência, apostando fatos que presenciou e o que o povo da aldeia queria e estava disposto a fazer. O jeito que os Tipani trabalhavam era de impressionar, percebi que até Neytiri ficou interessada na conversa também.

- Toruk Makto, precisamos que aqueles que saibam usar armas na linha de frente. Então seremos eu, o senhor, Kasämy, Amber e Conan nos ikrans para darmos início a batalha. Nossas armas são mais rápidas que os Arcos dos guerreiros, por isso poderíamos abrir caminho para os outros. - Lusäkin falava calmamente.

- Concordo plenamente, aqueles em Pa'li podem ir depois usando as lanças, a princípio escondidos já que eles que vão atacar a base diretamente... Entretanto creio que os humanos também terão armas no solo.  - Falei.

- Podemos dividir, estamos em cinco, três no ar e dois em solo. - Amber se pronunciou.

- Pode ser, os Metkayina vão ajudar, mas acredito que eles não sejam tão úteis em solo... Entretanto, podemos atrair eles para a parte marítima. - Kasämy disse.

Avatar - Guerreiros Da Cor PúrpuraOnde histórias criam vida. Descubra agora