20 - Assassinos

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Era tardezinha e Louise se encontrava no restaurante.

ㅡ Vovó, bem que podia vender um álcool bem forte pra mim, né? Qual é, já sou maior de idade. ㅡ Resmungou fazendo a senhora sorrir enquanto recebia um olhar sério de Gold, o que fez Louise revirar os olhos para o homem. ㅡ Então é por sua causa! Sabia que já estou nos meus dezenove anos?

ㅡ A resposta ainda é não, espere completar os vinte. ㅡ Gold tinha um sorrisinho fazendo a garota segurar as palavras que queriam sair.

Nem mesmo seu pai a impedia de beber! Sim, ele só permitiu quando completou seus dezoito anos, mas contando que fosse apenas cerveja ou um pouco de vinho em épocas comemorativas, ou quando o acompanhava para assistir o jogo de basebol. Mas ali estava ela, tendo alguém impedindo-a de beber.

Só com vinte anos? Aquilo não seria em alguns meses? Era uma brincadeira de muito mal gosto.

ㅡ Não acredito que estou ouvindo suas ordens. ㅡ Resmungou levando a mão até a testa, sentindo-se perdida.

Porque exatamente ela estava obedecendo ele? Aquilo não tinha nenhuma resposta sensata.

ㅡ Traga a ela um pouco de chocolate quente. ㅡ Pediu Gold fazendo a vovó sair pra fazer os pedidos. ㅡ Uma luz estranha apareceu no caixão noite passada.

Aquilo sim conseguiu chamar a atenção da garota, que fez uma cara pensativa.

ㅡ Entendo, em breve você terá seu filho de volta. ㅡ Respondeu deixando o homem com uma emoção enorme dentro de si. ㅡ Como está Belle? Não a vi por esses dias, sempre que vou ver o caixão do seu filho, ela nunca está presente.

ㅡ Justo ontem que você não foi, algo aconteceu! Deveria evitar ir vê-lo mais vezes.

ㅡ Ei, Gold, isso é algo de se jogar na cara? Não é culpa da minha presença que está demorando.

Seu chocolate chegou e Louise começou a beber, vendo o homem bebendo uma lata de cerveja na sua frente.

ㅡ Isso é muito injusto, Aliás, não sabia que bebia. ㅡ Ela realmente não sabia e ficou surpresa.

Ambos ficaram em silêncio quando o telefone de Louise apitou, revelando uma mensagem de Bonnie. Falando em Bonnie, já fazia mais dias que não entrava em contato e finalmente a bruxa deu uma luz.

Ao menos um oi ela mandou, não é?

Seu olhar desviou para um ponto quando sentiu que estava sendo observada, vendo o pirata do outro lado bebendo café. Ele tinha um olhar intenso, que fez ela se esforçar pra desviar o olhar. Não era bom, esse homem era uma tentação e seu olhar sedutor estava mexendo com ela.

Ela estava quase pra beber o último gole do seu chocolate quando seus olhos abriram largamente, fazendo-a se levantar tão rápido que deixou Gold preocupado e ficou ainda mais quando a moça saiu quase correndo da lanchonete, o que fez ele pagar a conta e se levantar pra ir atrás dela.

Louise limpava a boca no caminho do prédio onde Leah e Paul estavam hospedados, ela abriu a porta e subiu as escadas, parando no corredor dos quartos onde conseguia ouvir o som dos seus amigos e do bebê, onde Leah tentava acalmar. Seu olhar parou nas caras assustadas dos homens de preto. Eles tinha os rostos cobertos e mesmo que usassem essas roupas mágicas que escondiam sua natureza, Louise sabia que eram homens com a energia obscura direta na veia. Parece que mesmo que Harry estivesse se limpando daquela magia, ele ainda era o alvo, eles não pareciam desistir até que a criança estivesse morta.

Com um baque, um deles já estavam caindo de costas na parede fazendo os outros finalmente se mexerem, avançando com energia em seus punhos. Louise sorriu ligeiramente e chutou o peito de um antes de pegar um espertinho, que ousou ir por trás dela, pelo pescoço, seu olhar estava frio e sanguinário, deixando o assassino encarando-a em terror.

A Filha da Regina MillsOnde histórias criam vida. Descubra agora