A Filha da Regina Mills

32 - Antes do nascimento

Alguns dias depois, Louise estava sentada tomando chá quando sentiu alguns movimentos em volta da casa. Estreitando os olhos, ela avaliou a presença e sabia que não conhecia nenhum deles e o que passou por sua cabeça foi os caras de energia maligna.

Um sorriso de escárnio passou por seu rosto, bebendo um pouco do chá em sua xícara. Ela sabia que Alan estava observando de perto e reconheceria as pessoas que conviveu por um bom tempo. Como foi treinado, ele saberia o que fazer nessas situações, mas ela não sabia se ele conseguiria machucar seu antigo povo, exatamente por isso que ela ainda não se mexeu, analisando seu mais novo subordinado. Ela acreditava que ele não a desapontaria e assim como imaginava, sons de luta começou a se ouvir do lado de fora. Seus olhos brilharam quando percebeu que mesmo em menor número, ele não exitou em lutar com tantos assassinos.

De repente, seu rosto mudou de expressão quando sentiu uma energia muito mais poderosa se aproximando de onde estavam, Louise sabia que Alan não conseguiria lidar com isso. Ele nunca foi reconhecido quando trabalhava para a seita, então seus treinamentos também não foram tão poderosos, ela acreditava que o máximo que ele aprendeu pra se tornar tão forte foi por causa de seu próprio esforço. Se aquela força tocasse nele, ela não sabia que tipo de estragos aconteceria, pois ele não suportaria aquela força.

Como uma sombra, ela desapareceu de onde estava e de repente, Alan que lutava e sentia a força se aproximando dele, viu um borrão na sua frente. Ele travou e ergueu os olhos, encarando o ser mais deslumbrante que chegou a ver. Seus cabelos negros, antes amarrados, agora estavam soltos. Seu vestido negro com detalhes em Dourados deixavam sua figura esbelta muito mais charmosa e misteriosa, tão magnifica que era difícil tirar os olhos. Ele notou que havia uma energia em volta dela, uma magia profunda, tão forte que ele nunca viu antes, nem mesmo em seus antigos líderes, inclusive aquele ao qual ela encarava no momento, que olhou a mulher sedutora com choque no olhar.

Outros podiam não perceber, mas ele nunca esqueceria o único garoto sem poder nenhum em uma família de lobisomens. Porque? Porque ele era filho daquela mulher, a que tinha uma força suprema e era a inimiga de sua seita.. ela tinha morrido naquela época, junto com todos da tribo de lobisomens, mas apenas aquele pirralho conseguiu escapar com a ajuda de um velhote que parecia ser o mestre dele.

Essa garota... Tem semelhanças com aquele garoto e sua intuição lhe disse que não era coincidência, ela também se parecia com aquela mulher, quem era ela? Espera, ele se lembrou que quando seus assassinos voltaram, relataram que havia uma mulher poderosa protegendo a criança e que essa mulher tinha uma força tão poderosa quanto a da lenda que contavam na seita.

Como era possível? O que ela era daquele garoto?

ㅡ Quem é você? ㅡ Perguntou o velho com arrogância, mas seu olhar traia o choque que sentia. Vendo a moça curvar a cabeça sem responder, ele sentiu-se frustado. ㅡ Criança mal educada, estou te fazendo uma pergunta.

Louise observou o homem á sua frente com diversão, sabendo que ele estava com medo da resposta.

ㅡ Velho, tu não mandou esses pirralhos para me pegar? Como pode não saber quem exatamente é sua presa? ㅡ Disse divertida, vendo os olhos dele se arregalar.

Ele já desconfiava quando contaram que tipo de poder ela emanava, mas nunca pensou que fosse real. Com um movimento de mãos, ele estava pronto para ataca-la quando ela desapareceu do lugar junto com Alan, que ficou surpreso quando reapareceu longe dos outros assassinos. Em questão de segundos, Louise reapareceu na frente do velho e atacou sem exitar, fazendo o homem reagir subconscientemente para se defender do ataque.

Quando ambas as mãos se encontraram, os cabelos dos outros assassinos balançaram e o velho sentiu sua mão tremer um pouco, deixando-o surpreso com a situação, mas não tão surpreso quanto Louise que sentiu uma força enorme correndo por dentro dela, corria tão rapidamente que não lhe deu tempo de reagir quando fez o velho cuspir um bocado de sangue, que por sinal sujou seu rosto.