30 - Não acredito, vou ser tia?

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As batidas pela terceira vez fez Louise revirar os olhos. Aquilo era cansativo demais.

Já havia se passado uma semana que ela estava em Forks, mas as visitas dos Cullens pareciam não ter fim. O pior, ela sabia que esse laço de companheiros ainda estava bem enraizado no fundo, mas ela estava determinada a não machucar Killian.

Ela sabia que ele gostava dela e assim como seu pai disse, ela deveria seguir em frente. Killian era bom, mesmo sendo humano, ele cuidava dela. Seu olhar pousou no telefone ao seu lado, pensando se deveria ou não ligar para ele. Ultimamente ele estava próximo de Charlie, que disse querer testar as águas. Mesmo sabendo que Killian era uma boa pessoa, Charlie ainda queria saber se ele era ou não o melhor para a filha que já sofreu demais em sua opinião.

Percebendo o silêncio do lado de fora, Louise suspirou agradecida por ter magia para que pudesse fazer a barreira que impediu a entrada de ambos os Cullens. Decidida a descansar um pouco, ela voltou para o quarto, apenas para perceber uma silhueta em sua cadeira. Louise o avaliou por algum tempo antes de sorrir surpresa com quem estava a sua frente.

ㅡ Vovô, você desceu? Como? ㅡ Ela estava feliz por vê-lo.

Ele era exatamente o homem que cuidou dela até que ela escolheu Renée para ser sua mãe. O mais impressionante, ela descobriu depois de algum tempo que ele era seu tio, já que era irmão da Renée.

Mas nunca contou a ela.

Ele bufou clareando o cômodo.

ㅡ Você não precisa se preocupar com isso, pirralha. Vem, deixe ver como você cresceu. Muito bem, parece que a louca da minha irmã cuidou bem de você, parece que me preocupei demais.

Louise ficou curiosa enquanto o encarava.

ㅡ Vovô, você não observou meu crescimento? Isso não parece você. ㅡ Perguntou cheia de espanto, fazendo ele bufar.

ㅡ Não é como se eu não quisesse, mas havia coisas que eles não me deixaram ver, disseram que eu poderia me intrometer.

Ele continuou bufando irritado sabendo que ela passou por alguns sofrimentos enquanto crescia, era a única coisa que poderia fazê-lo perder a cabeça e se envolver.

Louise entendia isso muito bem e realmente não queria que ele se envolvesse para não coloca-lo em problemas com seus superior. Ela se aproximou e pegou seu braço, vendo o velho bufar. Ela não pôde deixar de pensar que durante todos esses anos ele parecia ter se tornado um velho ranzinza.

ㅡ Aliás, você não deveria me chamar de vovô, tem que ser tio, pirralha fedorenta. ㅡ Louise revirou os olhos insinuando que não iria mudar seu hábito. ㅡ Está bem, vim saber como você está, não sei nem porque eles me deixaram descer para te ver. Depois de chegar aqui, soube de alguns acontecimentos, não esperava que seu destino não pudesse ser mudado.

Ele suspirou pesadamente quando pensou na estrela do infortúnio ao redor da garota. Porque ela teve que passar por tanta coisa, quando era uma pessoa tão boa? Ele sabia que era porque ela tinha que ter morrido quando estava no ventre de sua mãe, mas ela quebrou o próprio destino fazendo que ele sofresse uma reviravolta inesperada.

ㅡ Está bem, não se preocupe muito! Independente do que aconteça, vou enfrentar tudo de frente.

Ele encarou ela seriamente antes de suspirar assentindo, tirando uma caixa.

ㅡ Isso é pra você, pode tentar aliviar um pouco seu infortúnio, não sei se vai ajudar muito mas...

ㅡ Está ótimo. ㅡ Louise pegou a caixa e abriu vendo uma pulseira preta com detalhes roxos, ela sorriu sabendo que ele deve ter feito isso por durante anos já que o poder emitindo do acessório era muito grande.

A Filha da Regina MillsOnde histórias criam vida. Descubra agora