18 - Louise, belo nome

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Se havia uma coisa que não a enganaria, era carinha de heroi com coração de serpente.

No entanto, o dito-cujo realmente estava cogitando engana-la.

Louise cruzou as pernas e pousou o queixo em sua mão, observando o homem conversando com o filho do outro lado da sala. Ele parecia não vê-la e ela não sabia se ele fazia de propósito ou não, bem, ela sabia, só não se importava. Em sua cabeça, ela estava martelando como romper aquele relacionamento e logo as palavras de seu pai vieram com tudo em sua mente.

"Divirta-se e... nada de estragar relacionamentos por aí".

Mas como ela se divertiria se não fizesse isso direito? Até porque o homem não gostava da sua mãe de verdade.

Depois de conviver com Jasper e Emmett por três anos, Louise se tornou mais esperta com esse tipo de assunto, ao menos ela esperava que fosse. Ela não era mais tão ingênua ao ponto de acreditar que havia sentimentos ali. Podia até ser da parte da sua mãe, mas dele? Apesar que ela também duvidava que sua mãe gostava do bosta do Robin Hood.

Louise era duas vezes mais o pirata.

Oh homem gostoso, é uma pena que já pegou sua futura madrasta. As vezes ela até pensa em dar uns pegas, mas o pensamento se desfaz rapidamente logo depois, apesar que a tentação em sua mente é constante.

Já fazia alguns dias que ela estava vivendo com Regina, ambas estavam se conhecendo muito melhor. Louise ainda não a-chamava de mãe, apenas para não assustar a mulher, mas em seu interior Regina sempre foi sua mãe, assim como Renée. Até porque Regina nunca a-abandonou, a mulher nem sabia que ela existia até o dia que deixou aquilo chegar em seus ouvidos.

Ela e Robin já haviam sido apresentados desde o primeiro dia que ficou cara a cara com a mulher, desde então o homem parece querer irrita-la de propósito, ignorando-a como se ela não valesse a pena do seu tempo.

"Meu bem, eu sou uma princesa, meu tempo é mais precioso que o seu". ㅡ Pensou desviando o olhar para a tv quando o projeto de humano resolveu olhar em sua direção.

Se ele queria irrita-la, ela fingiria ignorância para deixá-lo sem muita saída, até porque ela estava mostrando que não se importava muito com ele.

ㅡ Tarde boa, né Louise? Cadê a Regina? ㅡ Perguntou se aproximando do sofá onde ela estava.

Depois de ter entrado na casa há mais de quinze minutos, ele realmente decidiu dizer que a tarde estava boa?

Estava até aquele entulho aparecer.

ㅡ Minha mãe foi na loja do Gold. ㅡ Respondeu e mesmo de soslaio, viu uma careta se formar no rosto do homem.

ㅡ E deixou meu filho sozinho? Ela não é de agir assim.

ㅡ E você? Como você mesmo disse, o garoto é seu filho. Antes de querer jogar a culpa em alguém, primeiro olhe pra si mesmo. ㅡ Retrucou esticando as pernas na mesinha, aproveitando que Regina não estava.

Fechando os olhos, ela esperou o momento que o homem abriu a boca pra falar asneira, ela não era mais uma garota ao qual abaixava a cabeça só porque o trem era mais velho que ela. Billy era mais velho que ela e nunca a desrespeitou, assim como ela nunca fez o mesmo com ele, agora vem esse ladrãozinho que não tem nem mesmo como ser um exemplo, insinuar que sua mãe havia deixando o garoto sozinho? Só pode ser brincadeira.

Antes de sair, Regina lhe pediu mais de cinco vezes pra cuidar do garoto e ficar de olho nele, caso o contrário ela não estaria naquele sofá.

Ela já estaria em seu quarto trancado, com uma música pra relaxar e um balde de pipoca caramelada na mão.

A Filha da Regina MillsOnde histórias criam vida. Descubra agora