capítulo 2

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Fernanda P.O.V

Hoje foi um dia bem cansativo dar aula para adolescentes praticamente adultos é cansativo, ninguém presta atenção de verdade e tem vezes que nem eu mesma presto atenção, eu vi minha última turma do dia entrando na sala todos andando devagar conversando e eu coloquei meus óculos por causa da minhas dores de cabeça.

Eu vi a Júlia entrando encolhida e fiquei preocupada com ela a olhando, eu comecei a minha aula e fiquei olhando a Júlia vendo ela olhando para baixo e parece estar chorando, eu não sei oque está acontecendo pra deixar a Júlia assim mal.

A minha aula foi acabando e eu vi a Júlia limpando as lágrimas, assim que minha aula acabou todos começaram a sair e a Júlia começou a juntar as coisas dela cabisbaixa.

F: Julia pode vir aqui - falei e ela me olhou e concordou com a cabeça pegando a mochila dela e desceu as escadas vindo devagar até mim e eu cheguei perto dela a olhando vendo ela com os olhos inchados pelo choro - você está está bem?

J: sim, bebê bem - falou em sossuro e eu percebi que ela está pequena e eu cheguei perto dela a olhando, a Júlia segurou as alças da mochila parecendo nervosa e eu toquei o rosto dela fazendo um carinho.

F: oque aconteceu - perguntei acariciando o rosto dela e ela fechou os olhos por alguns segundos aproveitando o carinho, a Júlia olhou para baixo e eu limpei as lágrimas dela.

J: mommy bigou com bebê, bebê fez coisa elada e mommy bigou, bebê num tem mais tete nem calinho - falou embolado e ela chegou perto de mim e eu afastei o cabelo do rosto dela - e bebê num pode mais doce e mommy falou coisas feias pa eu.

F: ei tá tudo bem tá bom? Quer me contar oque fez - perguntei e ela me olhou por um tempo pensando e resmungou baixinho me olhando.

J: bebê se tocou pensando em outa pessoa - falou olhando para os meus olhos e eu a olhei por alguns segundos e concordei com a cabeça - bebê é luim?

F: oque? Não, claro que não, você é boa bebê - falei baixo e ela olhou para o meu rosto respirando fundo e ela mordeu os lábios parecendo nervosa, ela costuma fazer isso quando está perto de mim eu só não sei por que.

J: num, num pode toca em eu - falou baixo mas sem se afastar e eu respirei fundo olhando para o rosto dela vendo e que ela tem pequenas pintinhas pelo rosto - eu tem que ir.

F: Julia eu estou preocupada com você, a Thalita cuidou de você depois -  perguntei e ela me olhou sem entender - você não conversaram? Tipo ela não cuidou de você?

J: ela num faze isso, como que faz isso - me perguntou sem entender e eu a olhei pensando nela e ela soluçou pelo choro.

F: você quer um chocolate - perguntei a olhando e ela concordou rápido com a cabeça me olhando com os olhinhos brilhando, eu fui até minha bolsa e abri pegando um chocolate que eu tinha guardado para mais tarde mas ela precisa muito mais do que eu.

A Júlia pegou o chocolate e sorriu abrindo e eu me sentei na minha cadeira a olhando, ela mordeu o chocolate e sorriu olhando para baixo e ela chegou perto de mim e eu fiquei a olhando.

J: bigado - falou baixo e eu sorri tocando a mão dela e ela me olhou por um tempo e depois desviou o olhar.

F: a Thalita deve conversar com você depois de um castigo, você é bebê ela tem que te explicar oque você fez de errado e por que ficou de castigo, Julia a Thalita te trata bem - perguntei fazendo um carinho na mão dela e ela me olhou parecendo pensar um pouco.

J: as vezes, as vezes num, mas tudo bem, eu é difícil, eu num bebê bom - falou e eu vi os olhos dela enchendo de lágrimas de novo eu me levantei tocando o ombro dela e ela chegou perto de mim, eu abracei a Júlia ouvindo ela chorar baixinho com o rosto no meu pescoço.

Minha Querida ProfessoraOnde histórias criam vida. Descubra agora