Então o Isayama segurou firmemente a arma, e os dois começaram a caminhar de volta para a sala anterior.
Chegando de volta a sala, Isayama começou a caminhar em direção à Karin que estava sentada em uma cadeira com o Yaminara ao seu lado. Chegando perto dos dois, Isayama, que estava com as mãos por detrás das costas, olha pra Karin e diz:
-Karin. eu trouxe algo pra ti.
-Hhm? O que é, Isa-kun?
Isayama mostra expõe seus braços que até então estavam escondidos, e ele revela, segurando firmemente em suas mãos, um cajado de cor preta com detalhes roxos, e que apresentava várias escrituras cravadas ao redor do cabo. Ele mostra para Karin, e a mesma fica completamente vislumbrada, boquiaberta e sem palavras. Ela levantou rapidamente de sua cadeira e abraçou o Isayama.
-EU NÃO ACREDITO!!! MUITO OBRIGADA ISAYAMA!! NÃO ERA PRECISO MEU IRMÃO!! ESTOU TÃO FELIZ!!!
Karin não conseguia esconder a alegria imensa que ela estava sentindo enquanto abraçava Isayama.
-Não tens de que irmãzinha, eu combati todas as vezes pensando em ti e em te deixar mais forte. Por isso, tu mereces.
Após estas palavras, Karin começou a derramar algumas lágrimas de felicidade. Ela segurou o grimório com as duas mãos, e começou a contemplá-lo.
-Que coisinha bonita.-dizia Karin enquanto beijava e abraçava a nova arma que ela ganhou de seu querido irmão.
Karin continuava acariciando o seu novo cajado, enquanto Isayama conversava com Yaminara e também com a Renata. Isayama aproveitou o momento para falar da Renata sobre o alquimista, e o objetivo que lhes foi encarregue.
Passado umas horas Isayama se junta de seu grupo e diz:
-Já está se fazendo tarde.
-Tens razão, melhor voltarmos já para o hotel.-disse o Yaminara.
A Renata, ouvindo essas palavras, se aproxima deles.
-Deixa que eu vos acompanho até os vossos aposentos. Vocês os três fizeram o demasiado hoje, merecem um bom descanso, e escoltar-vos até o local onde vocês estão dormindo e garantir a vossa segurança no percurso é o mínimo que posso fazer para vos agradecer.
-Obrigada Rena-chan!-gritou Karin alegremente.
-"Rena-chan"?-Renata perguntou-se.
-É uma mania que ela tem de dar um nome de carinho às pessoas que ela gosta.-Isayama esclareceu.
-Oh, entendo. Nesse caso, fico feliz em saber que somos amigas agora, Karin.
-Claro que somos, Rena-chan!
-Bom, vamos indo então?-perguntou Yaminara.
Todos concordaram e assim, Isayama, Karin, Yaminara e Renata se ausentaram da sala de jantar e começaram a caminhar em direção ao hotel Kazutora.
Durante o caminho, Karin continuava olhando cada detalhe do seu cajado.
-Isa-kun.
-O que foi, Karin?
-Eu acabei não comentado sobre isso até agora, mas que escrituras são essas?
-Não faço a menor ideia.
-Ah, essas são escrituras da linguagem Clauza.-Renata explicou.
-O que é a linguagem Clauza, Rena-chan?
-Eu não entendo muito disso, mas até onde eu sei, existem runas de duas linguagens antigas, a linguagem Nomai e a linguagem Clauza. Essas linguagens têm um tipo de poder de que, só de eu escever alguma acção ou algo do tipo numa dessas linguagens, a acção acontece. Por conta desse "poder" que as palavras têm quando são escritas numa dessas linguagens, elas são muito sadas pelos guerreiros, alquimistas, e não só, até civis. As runas da linguagem Nomai são chamadas de "Runas básicas", e são chamadas desse jeito justamente porque esta linguagem só funciona com acções de efeito básico e fraco, tipo acendar uma fogueira ou regar plantas. Já as runas da linguagem Clauza, chamadas de "Runas avançadas", são runas extremamente fortes, que conseguem realizar efeitos bem diferenciados, como escudo invisível, espada que transparece a carne e ataca os órgãos interiores do corpo, e outras coisas. Porém, quando você ativa uma cert runa avançada, uma penalidade é aplicada a você. Por exemplo, a runa do efeito "Ilusão" quando é ativada, o usuário dessa runa fica temporariamente cego até ele mesmo desativar a runa. E por aí vai.
-Nossa Rena-chan!! Você é muito inteligente!
-*risos* Não é nada demais.
-E o que está escrito na capa do grimório da Karin?-Isayama perguntou.
-Isso... Eu não faço ideia, mas sei quem deve saber.
-Quem?
-Vocês vão conhecer ele quando chegarem à Terraria, a aldeia da Terra.
-Que nome bonito.-disse o Yaminara.
Eles continuaram a conversar enquanto caminhavam em direção ao hotel Kazutora. Chegando lá, Renata despediu-se deles e começou a voltar de onde eles saíram. Eles entraram e se deparam com a família Kazutora, que de um segundo para outro pularam de suas cadeiras e cercaram os três.
-Vocês estão bem??
-Está todo mundo bem?
-Se machucaram?
Eles continuavam fazendo mais perguntas, e não davam nem tempo de Isayama, Karin e Yaminara responderem elas.
-Vocês estão com fome??
-Nós estamos todos bem, senhora Kazutora. Só precisamos descansar.-Isayama respondeu.
-Você tem razão. Nós já preparamos os vossos quartos, fiquem à vontade.
-Obrigado, senhora Kazutora.-Karin respondeu.
Então os três subiram, cada um para os seus respectivos quartos, para então terem aquele merecido descanso.
Assim, o dia terminou.
