Capítulo 14

6 1 0
                                    

De saltos em saltos nos troncos das árvores, Isayama estava indo em direção a sua casa, com temor de que algo de ruim estava acontecendo com a sua mãe.

Chegando perto do vilarejo, ele percebeu uma grande fumaça à distância vindo da direção da sua casa. Sentimentos de medo, ansiedade, e muita preocupação consumiam a mente do Isayama.
-*Mãe...Por favor...Esteja viva.*-pensava o Isayama muito aflito.

O Isayama apressava-se enquanto saltava, e chegando perto da sua casa, por cima de uma árvore, vê uma multidão a frente da sua casa com tochas e forquilhas e gritando:
-Matem a bruxa! Matem a bruxa!

Isayama ao perceber o que a multidão falava, fica enfurecido e começa a dizer pra si mesmo:
-Mas oque que se passa?! Eles estão queimando a nossa casa e estão agindo como se fosse normal!?

Isayama decide correr para a parte traseira de sua casa, e chegando até a porta dos fundos, ele entra e encontra o caos em forma de fogo dentro da sua casa.

Sem pensar muito foi correndo para o quarto da sua mãe. Passando por um corredor cheio de madeiras queimadas que o impediam, Isayama socava as madeiras que fechavam o seu caminho e prosseguia com as mãos sangrando e preucopado com a sua mãe que estava no quarto de cima.

No momento em que o Isayama chega perto da porta do quarto da sua mãe, Isayama grita:
-Mãe! Mãe!

A porta tinha destroços impedindo a abertura da porta, então ele usa a Ira Flamejante pra derrubar a porta para poder resgatar sua mãe. Ele consegue quebrar, e quando ele entra no quarto, ele encontra a sua mãe deitada na cama.
-Mãe...Mãe, levanta-te mãe...Por favor...Nós temos de sair daqui.
-Hammm...Filho...Onde vc estava? *tosse* Demorou muito.
-Desculpa mãe, não pude estar aqui para cuidar de ti, mas já estou de volta e vou tirar a gente daqui.
-Ohh meu filho, o tempo da tua mãe está no fim, eu não vou conseguir sair daqui meu filho, apenas esperei por ti pra te dizer algumas coisas, só não esperava que isso aconteceria tão rápido.
-O quê? Como assim mãe? Eu não entendo, nós não temos tempo, apenas deixe que eu a carregue, vamos sair logo daqui.
-Mesmo que eu saia meu filho, sua mãe já não tem tempo de vida, por isso eu quero morrer nessa casa, com as lembranças dos momentos que passamos aqui, pois eles foram os melhores e únicos momentos bons na minha vida. Sua mãe vai lhe deixar, mas quero que se torne forte, e não se guie no caminho do mal.

Isayama desabou-se em lágrimas. Ele não parava de chorar, enquanto via o sorriso da sua mãe com sangue escorrendo de sua boca.
-Mãe...Por favor...
-Não desenvolva um coração negro, seja justo nas decisões, siga as suas próprias vontades, e seja feliz como eu fui com você e com o seu pai.

Isayama chorava mais e mais. Ele não conseguia falar nada, ele desabou totalmente no chão e apenas chorava e chorava. A senhora Ōgesana segurava a mão do Isayama enquanto o mesmo só chorava.
-Eu não quero deixar a senhora...Eu não quero perder mais alguém que é importante para mim.
-Desculpa as coisas não serem boas até ao fim, imprevistos e perdas na vida acontecem, e quando isso acontece nós não devemos se entregar ao desespero ou a solidão, *Tosse* mas sim procurar sentido pra avançar e continuar a jornada. *Tosse* Meu filho, tenha uma boa vida.

Após estas palavras, a senhora Ōgesana fecha os seus olhos pela última vez. O seu corpo começava a fragementar-se com pedaços de luz e a desaparecer naquele momento. Isayama sem entender nada, tenta agarrar os fragmentos de luz enquanto eles desapareciam, mas não conseguiu segurar nenhum.

Naquele momento, Isayama que estava no quarto que era então da senhora Ōgesana, se viu em profundo desespero e raiva, apenas chorando muito enquanto olhava pra cama que há alguns segundos estava lá a sua mãe. Isayama olhava em volta do quarto, relembrando todos os bons momentos que passou junto de seu pai e sua mãe e quanto mais olhava, mais destruído ele ficava, porque cada canto do quarto guardava uma lembrança dos seus dias felizes junto de seus pais. Enquanto Isayama olhava com os olhos cheios de lágrimas, ele vê uma das espadas de seu pai que havia deixado como um presente pra ele. Aproximando-se dela, ele a agarra, com os olhos cheios de lágrimas e um olhar enfurecido, e se dirige para fora do quarto de sua mãe que se desabava com as madeiras queimando. Isayama caminhava em passos lentos enquanto saia pela porta da frente com a espada na mão, sem demonstrar qualquer emoção, sem demonstrar qualquer pingo de sanidade, apenas demonstrando um um vazio profundo em seu olhar.

Gaia-The Beginning of the End Vol. 2Onde histórias criam vida. Descubra agora