Capítulo 5

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Aiden

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Aiden

— Onde você estava, porra? Por um instante pensei que a polícia tinha te prendido. — Ethan rosna assim que saio do carro. Realmente foi por pouco. Se não fosse aquela estradinha de terra não sei o que teria acontecido, ainda mais quando resolvi atrasar a minha retirada para pegar aquela garota sem noção parada no meio do reboliço de pessoas. O que deu em mim? Não sei. A verdade é que eu nem conheço a garota direito para me importar, mas se quer saber, não há arrependimentos.

— Você sabe como eu sou — ralho presunçoso, erguendo as mãos para o alto.

— É isso aí, garoto! — A rapaziada agita batendo as mãos e de cara Kevin me entrega uma cerveja.

— Aqui está a sua parte. — Ethan mete a mão no bolso lateral do seu jeans e tira algumas notas verdinhas de lá. Com um sorriso largo folhei o pequeno montante e o guardo na minha carteira.

— Estou indo, galera! Preciso de um banho e daqui a três horas tenho que estar de pé e meter a cara nos estudos — falo, deixando o nosso cumprimento de sempre, esvazio a latinha e entrego a chave do carro para Richard.

— A gente se ver amanhã!

— A se se ver — repito e monto na minha moto, colocando o capacete em seguida, e logo ganho o asfalto.

Ter uma vida dupla nunca fez parte dos meus planos, mas confesso que gosto disso. De noite um play boy audacioso que gosta de enfrentar a morte e as suas parafernálias e de dia um simples estudante de direito com todos os seus acertos e erros. E se tem algo que me incomoda são os erros, mas terei de arrumar uma maneira de elimina-los ou o meu currículo não passará de um simples pedaço de papel. Sim, porque com essas notas nenhuma agência de renome vai querer me contratar. Você só precisa separar as coisas, Ethan e ter tempo para as prioridades. Bufo mentalmente. Essas são as que mais estão sendo atingidas por minha falta de atenção. Assim que entro no prédio, o meu celular dar sinal de mensagem e o nome da Brenice brilha na tela.

... Como foi a corrida? Espero que tenha ganhado.

É Senhorita Carter, eu venci como sempre, mas não vamos conversar agora. Respondo em pensamentos ignorando a mensagem e ponho o celular de volta no bolso. Lembrar dos que aconteceu na festa me faz menear a cabeça. E pensar que aquele trágico, porém, engraçado ataque me deu essa noite de sossego. Com Brenice distante, eu tenho mais tempo para mim. A pergunta é... por que lhe dou tanta atenção e por que ainda não a mandei pastar? Preguiça, eu acho, mas dois meses já é tempo demais garanhão. Rosno para mim mesmo assim que entro no meu quarto. Me livro da camisa e a jogo em qualquer lugar. Depois me livro dos sapatos e das meias e me jogo na cama de solteiro. O ronco do meu amigo de quarto me faz revirar os olhos e acesso o Instagram no meu celular. Uma postagem me chama a atenção. Ela tem quase um milhão de likes e me pego rindo do vídeo. Contudo, me pego sorrindo para a garota que aparece no canto da tela, sorrindo e fazendo um gesto de vitória com os dedos. Senhorita Jones você é hilária! Quem diria que um ser tão minúsculo teria essa coragem? Respiro fundo e fecho a tela, apagando a luz do abajur, e apago em seguida.

O AcordoOnde histórias criam vida. Descubra agora