Capítulo 20

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Mel

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Mel

Um tribunal improvisado dentro de uma sala de aula onde os alunos são coadjuvantes de um cenário jurídico. A coisa parece ser bem simples, mas acredite, não é. Em uma mesa grande e escura está a Senhora Smith encenando o papel de uma juíza que será responsável pelo veredito. E pelas cenas que assisti até agora a mulher é implacável com os estudantes candidatos a única vaga oferecida em um escritório de advogados renomados. Literalmente um massacre de julgamentos simulados e eu já estou suando frio pois mesmo tendo o papel de acusação desse jogo, terei um adversário que é praticamente a minha cópia. Porque sim, eu passei para o Aiden todas as minhas estratégias e maneiras de elaborações. O pior ainda não está nessa parte e sim em ter que olhá-lo nos olhos todas as vezes que for confrontá-lo e me deixar levar pela raiva pode ser o meu ponto fraco, porque o meu caráter profissional ainda está se construindo. Respiro fundo algumas vezes e solto o ar ela boca para tentar me tranquilizar, mas é inútil. Você só precisa ser passional, Melissa e não se deixe levar pelas provocações do seu oponente.

Como havia imaginado o nosso grupo é o último a se apresentar e por isso tive o prazer de assistir os grupos anteriores e assim aprimorar o meu ataque. O som do martelo ecoou alto pela sala avisando que o penúltimo julgamento acabara de ser encerrado. Droga, estou suando frio! A Senhora Smith nos dispensa para vestirmos nossos figurinos da encenação e minutos depois estamos posicionados em pontos estratégicos da sala como peças de um tabuleiro na frente de todos. Do outro lado da sala observo o advogado de defesa vestido com um conjunto de terno escuro, usando óculos de grau falsos e lendo alguns papéis. E devo dizer que ele fica incrivelmente sexy vestido assim, ainda mais com todo esse ar de O Todo Poderoso que ele tem. Que droga, Melissa, tenha foco, mulher! Rosno para mim mesma e me forço a desviar o meu olhar para o acusado. Ethan está sentado ao seu lado em uma mesa retangular cor de magno, já que o Aiden representa a sua defesa e eu... droga, acho que vou ter um treco a qualquer momento! A professora volta a bater o martelo e esse é o sinal para darmos início as encenações.

— Advogado de defesa pode começar com as apresentações iniciais. — Ela pede e como se fosse um profissional ele se levanta da sua cadeira, ajeita a gravata impecável no seu pescoço e dá a volta na mesa para andar pelo pequeno salão, envolvendo o grupo de estudantes com as palavras ditas com tanto esmero. Enquanto fala para o jure da corte e eu engulo em seco quando percebo que ele realmente levou o seu trabalho a sério.

— Portanto, Senhoras e Senhores do jure, atentem para as minhas palavras quando digo que o meu cliente é inocente da acusação de assassinato. — Ele finaliza e eu respiro fundo para dá início a minha parte.

— A palavra agora está com a acusação.

— Obrigada, Meritíssima! — digo após limpar a minha garganta e me dirijo para os alunos como o meu adversário acabou de fazer. — Senhores do jure eu peço que olhem com bastante atenção para esse relatório de perícia feito na vítima após o acontecido... — Foi bem fácil montar o meu caso. Eu investiguei, fiz várias pesquisas e observei filmagens de casos parecidos. E assim montei os meus argumentos para rebater qualquer intenção de salvação do acusado. No meu conceito Ethan Ford já está condenado. — Como podem ver, o Senhor Ford diz ter um álibi que o livra de qualquer suspeita, mas podemos ver vestígios da sua aparição horas antes do ocorrido na cena do crime.

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