Capítulo 14

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Aiden

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Aiden

Me lembro da minha primeira semana na casa da minha tia Lina. Sempre que a noite chegava e eu me deitava na cama para dormir tinha a sensação de que aquela porta se abriria a qualquer momento e que ele passaria por ela. Exausto, em algum momento eu adormecia com os meus medos e acordava aos gritos e choros. Os braços de tia Lina me confortaram por dias e dias, até ela resolver me dar um presente. Um apanhador de sonhos. Ela me explicou que ele era como um amuleto especial que protegeria o meu sono durante a noite e que nunca mais teria pesadelos. E funcionou, mas por pouco tempo, depois tive que aprender a conviver com eles. Mas não com ela. Desde que começamos a dormir juntos não tenho tido pesadelos e quase não tenho tempo para me atormentar com as minhas malditas lembranças. Melissa Jones se tornou o meu apanhador de sonhos. Desperto dos meus devaneios quando escuto o som da sua risada baixa quando as pontas dos meus dedos deslizam por uma parte do seu abdômen. Eu aprendi a amar esse som porque ele me faz sorri sempre e fazer isso nem sempre é fácil para mim. É sábado e ainda são seis da manhã, mas sequer dormimos na noite passada e isso porque descobri o quanto é difícil manter as minhas mãos longe dela e fazer sexo com essa garota é como um bálsamo para a minha alma atormentada. Ela ri outra vez quando os meus dedos deslizam o caminho de volta e não seguro a vontade de beijá-la.

- Que tal um banho? - A convido. E acredite, esse é mais um motivo para mantê-la junto a mim. E pensar que essa brincadeira já deveria ter se findado. Talvez esteja mesmo na hora de dar um fim a tudo, mas eu simplesmente não consigo fazer. Não quero ter que passar as minhas noites afundado na minha escuridão, perdido nas dores do meu passado e não sinto saudades das perdas de sono, ou de acordar atormentado por minhas lembranças. Deus, estou amando estar vivo dentro da sua luz, mas não posso usá-la para sempre porque isso seria muito perigoso. Eu sei que vou machucá-la em algum momento e é exatamente isso que eu quero evitar. - Está demorando para responder, Senhorita Jones - reclamo com humor.

- Hum! Talvez se você parasse de me beijar, eu conseguiria dizer-lhe algo. - Rio em sua boca.

- É impossível não beijar você porque eu adoro sentir o seu gosto na minha boca! - ralho deixando minúsculos beijos em seus lábios.

- Ah, e eu amo os seus... - Não permito que termine a frase e aprofundo o nosso beijo. Contudo o seu telefone começa a tocar.

- Não atende! - peço com um sussurro, elevando a sua coxa na lateral do seu corpo.

- Pode der importante.

- Tenho certeza que não é.

- Oh, céus! - Ela geme quando a toco intimamente e rio do meu atrevimento. - Como... como sabe? - melissa interpele com dificuldade.

- Eu só acho, Senhorita Jones. - Estou prestes a entrar nela quando o celular volta a tocar e eu bufo me deixando cai ao seu lado. Melissa sai rápido da cama e sorri amplamente ao visualizar a tela.

- Mamãe. Desculpe, eu tenho que atender! - Ela diz sem emitir som e antes de sair do quarto para atendê-la deixa um beijo rápido que tenho vontade de intensificar, mas não faço. E mesmo deitado aqui na cama e com a porta fechada é possível ouvir a alegria com que atende à ligação. Ouvi-la falar com seus pais é tão contagiante que me faz sorrir mesmo de boca fechada. Levanto-me para ir tomar um banho solo quando a escuto cantar parabéns pra você e não seguro a vontade de bisbilhotar. Portanto, abro uma brecha na porta e a encontro iluminada. Ela simplesmente se ilumina quando fala com eles e não consigo evitar de sentir inveja do seu momento, dessa harmonia gostosa, dessa relação de filha com seus pais. Puxo a respiração.

O AcordoOnde histórias criam vida. Descubra agora