Epílogo

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Sete anos depois

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Sete anos depois...

— Vai, filhão! Vai, filhão!

Diferente do que ele presumiu, Aiden se tornou um paizão. Ele não perdeu uma só madrugada e parecia não se cansar disso. Perdi a conta de quantas vezes saí da minha cama pela madrugada e o encontrei sentado na cadeira de amamentação dando mamadeira para o nosso filho, enquanto contava vantagens sobre as suas aventuras como piloto, ou sobre os troféus que ganhara praticando o seu hobby preferido no mundo. Às vezes me pegava rindo ao vê-lo dormindo na cadeira com Jasper dormindo aconchegado no seu tronco. Desde então, eles se tornaram amigos inseparáveis e eu mal tinha trabalho de levá-lo para a escola, ou para o aniversário de um coleguinha. Aiden se tornou mais do que um pai, ele também era o seu amigo.

— Joguei, papai! — Desperto quando o nosso filho grita animado, jogando a bola na sua direção.

Eu penso que os traumas simplesmente não existem mais, que Aiden os superou de vez assim que o nosso bebê literalmente caiu em suas mãos. Uma linda cena de amor que eu jamais me esquecerei. Meu marido estava tão apavorado, que eu conseguia ver nitidamente em suas retinas... ele vai fugir e eu lutarei sozinha. Mas não foi assim. Ele escolheu ficar, sair do seu esconderijo cheio de sombras e de medo, se posicionou na minha frente e o segurou. Naquele momento eu pude escutar as batidas enlouquecidas do meu coração. Elas eram quase ensurdecedoras. O meu Aiden chorou como uma criança e sorriu tão cheio de esperanças que parecia explodir naquele instante. Depois, vocês já sabem, eles não se largaram nunca. O primeiro sorriso foi para ele, assim como a primeira palavra que saiu da sua boca inocente... papá. Dá pra imaginar que esse homenzarrão chorou com cada novidade, não é? Mas, posso afirmar que eu não fiquei muito distante dessas emoções.

— Vem cá! Vem cá! O papai vai te pegar, mocinha! — Ah é, tem a Lauren. Ela nasceu três anos após o Jasper e também se tornou a obsessão desse Papai Coruja. Portanto Aiden Cole tem hora para tudo: para ir a empresa, para as suas corridas, para sair e se divertir com os amigos e o principal, a hora de estar com a sua família.

— Devia se sentar um pouco, querida! — Adelaide diz parando do meu lado na varanda de onde estou assistindo a bagunça desses três no jardim. Inevitavelmente abro um sorriso para ela. Falando na madrinha do Jasper, a Adelaide se mudou de vez para a nossa casa por causa do nascimento do seu afilhado. Na verdade, ela veio para visitá-lo e depois, não conseguiu ficar afastada do nosso galante e envolvente bebê. Ela se tornou um tipo de dinda-avó, se é que isso existe. E após o nascimento de Lauren, papai se aposentou e veio para a cidade grande. Agora todos estamos próximos e vivendo como uma verdadeira família deve viver.

— Estou curtindo um pouco a alegria deles — falo, deslizando a minha mão pela barriga protuberante de quase oito meses. Pois é, estamos esperando outra garotinha e essa se chamará Louise Cole.

— Eu trouxe um suco pra você. — Ela diz me estendendo um copo com suco de laranja e agradecida levo-o imediatamente para a minha boca, tomando um gole para me refrescar. — A Amber ligou. Aquela menina não tem juízo. — Adelaide ralha achando graça. E falando em juízo. A minha amiga finalmente resolveu dizer sim para o pobre, porém, incansável Stan. Devo dizer que foi uma guerra vencida, já que ela estava determinada a dizer não até o final de sua vida. E mesmo com tudo quase pronto para o seu grande momento, Amber andar com os nervos a flor do pano. Eu diria que é normal, se ela não fosse tão extrema. Penso e volto a bebericar o suco.

O AcordoOnde histórias criam vida. Descubra agora