Capítulo 7

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Aiden

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Aiden

Nessa vida eu já fiz de tudo. Trabalhei um tempo como encanador, mecânico, ajudante de feira de rua, frentista de posto de gasolina, mas atuar como ator é a primeira vez e acredito que estou me saindo muito bem. É claro que a parceria contribui e muito para esse sucesso. Baixinha, morena de tom claro e suave, cabelos negros e ondulados que chegam a alcançar metade das suas costas e porra, quando a beijo a deixo molinha! Eu sei que não sou nenhum galã de cinema, mas sei que sou gostoso ao ponto de as garotas suspirarem por mim, mais daí a se entregar plenamente a um beijo tão simples é foda no sentido mais extremo que consigo imaginar. Ou seja, ela não é tão exigente e as minhas notas estão garantidas. Fazer a galera aceitar que estou namorando a Melissa Jones foi a parte mais complicada. Eles sabem que sou exigente com a mulherada. No mínimo elas precisam ter belas curvas, bumbum empinado, coxas grossas na proporção certa e uma cintura fina que eu possa pegar e apertar. A altura nunca foi relevante. Tanto faz se o seu rosto está rente ao meu, ou se preciso me inclinar para beijá-las. Mas com a Melissa tão oposta aos meus desejos deixa tudo mais interessante. As regras é o que me deixa extasiado. Como assim não beijar? Em que século ela pensa que estamos? Enfim, faltam poucos minutos para essa atuação acabar e eu poderei voltar a minha vida real. Op's, imprevisto a vista! Penso quando vejo Brenice me aguardando no pátio, encostada a minha moto. Continuo caminhando na mesma direção sem demostrar o meu desagrado com a sua insistência e sem tirar os meus olhos de cima dela.

— Brenice? O que faz aqui?

— Que palhaçada é essa, Aiden? Desde quando aquela ratinha faz o seu tipo?

— Você não conhece os meus gostos, portanto, não pode julgar. — Ela abre um sorriso forçado.

— Aiden, eu sei que está fazendo isso de propósito. Você quer me castigar, não é?

— A Mel e eu estamos apaixonados, Brenice. É tão difícil assim de aceitar isso? — Ela se afasta da moto, chega mais perto e desliza o indicador pela lateral do meu braço.

— Eu sei que você está tramando alguma coisa. Me conta, é alguma aposta que fez com os seus amigos? Você precisa levá-la para cama ou algo do tipo para ganhar mais dinheiro?

— Que merda você está dizendo?

— Amorzinho, se for isso eu entendo!

— Ponha na sua cabeça que eu gosto dela e isso é tudo! — Ela solta uma risada alta e eu vejo a alguns metros de nós dois a possibilidade de enfiar uma lâmina da falsa verdade em suas entranhas. Melissa está parada do outro lado do pátio assistindo a essa conversa ridícula e pela sua cara sei que algo muito errado está se passando na sua cabeça. Sabe o que me deixa com o pé atrás? É que o seu olhar acusador está me deixando puto. Portanto, eu faço sinal para ela se aproximar e mesmo hesitante a garota vem para o nosso lado. Brenice engole o seu sorriso sarcástico e presunçoso, e olha para a garota com desprezo assim que ela se aproxima. E o ator crescente dentro e mim começa a atuar. — Oi, amor! — sibilo baixo, carinho e romântico, levando uma mão a lateral do seu rosto e a beijo fugindo completamente as regras. É um beijo possessivo, faminto e... de língua como ela não queria. A merda toda é que eu gostei desse beijo e pude sentir o seu gosto no meu paladar. A pior parte? Eu não quero que ele acabe e isso não é do meu feitio. Logo escuto um rosnado estrangulado e cheio de raiva, e só então me permito parar. Brenice não está mais aqui e a Melissa... Bom, ela ainda está de olhos fechados, respirando com dificuldade e a sua boca rosada agora ganhou um tom avermelhado. Me pego sorrindo e resolvo despertá-la do seu sono acordado. — Ei, você está bem?

O AcordoOnde histórias criam vida. Descubra agora