Capítulo 21

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Aiden

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Aiden

— Eu te amo, Melissa!
Foi aterrorizante ouvir essas palavras saírem da minha boca. Em um momento de puro êxtase eu simplesmente não pude contê-las e por um instante pensei que sufocaria com a profundidade desse sentimento que me preencheu tão repentinamente. Contudo, posso dizer que me senti liberto. É tão confuso sentir a liberdade vir de algo que sempre julguei destrutivo. O amor é mesmo assombroso e tem uma força difícil de mensurar. Agora estou aqui quieto e sentado em uma poltrona que mal me cabe apenas a olhando enquanto dorme profundamente e isso já tem algumas horas. Eu simplesmente não consigo tirar os meus olhos de cima dela e as coisas que se passam pela minha cabeça me assustam demasiadamente. Sim, saber que eu quero tudo com ela é realmente assustador e o meu medo de machucá-la parece triplicar dentro de mim. E isso me apavora, pois acabei de descobrir que Melissa Jones se tornou o meu Norte, o meu porto seguro. E como vou dizer para ela que não quero mais largá-la? Droga, ela vai se assustar com essa minha dependência. É melhor não contar nada pra ela por enquanto. Inquieto com os meus pensamentos eu respiro fundo e me ponho de pé. A minha vontade é de voltar para aquela cama e de acordá-la com os meus beijos, e carícias, e depois fazer amor com ela sem parar. Um vício perfeito! Penso tentando respirar, mas fica difícil a cada vez que me aprofundo em pensamentos. Portanto, entro no banheiro, tomo um banho demorado e minutos depois vou para a cozinha. Ela deve acordar faminta. Abro as portas dos armários e olho lá dentro, depois faço o mesmo com a geladeira soltando um resmungo de desagrado. Volto para a sala e pego o meu celular para fazer algumas ligações. Meia hora depois alguém bate à porta e eu recebo algumas sacolas de fast food. Arrumo tudo em cima da mesinha de centro e o cheiro da comida faz o meu estômago roncar. Protelo voltar para o quarto e a encontro ainda dormindo. Não dá mais, simplesmente não posso mais esperar e decido que já está na hora de acordá-la. Portanto, subo no colchão e me arrasto por ele ficando de frente para ela, e começo a beijar o seu rosto. Melissa solta alguns gemidos de desgosto que me faz rir e logo começo a beijar a sua boca. Atrevidamente a minha mão desliza pelo seu corpo nu debaixo dos lençóis e uma brecha de olhos se abre para mim. Contudo, eu não paro e aspiro o seu cheiro.
— Acorda, preguiçosa! — sussurro bem perto do seu ouvido, sentindo o seu corpo inteiro se arrepiar e isso me deixa aceso. Já é pouco mais de cinco da tarde e ela dormiu praticamente o dia inteiro. O que ela quer, me atormentar?
— Ah não! Só mais um pouquinho, por favor! — Mel volta a gemer e eu rio outra vez. É tão fácil fazer isso quando ela está por perto!
— Nada disso, mocinha! Eu estou com fome e você não comeu nada o dia todo. — Então ela abre apenas um olho e eu pressiono os lábios.
— O dia todo? Que horas são? — resmunga e os seus olhos correm imediatamente para uma janela de vidros transparentes. — Minha nossa! — rosna quando percebe o dia quase sem sol. — Parece que acordei de um pesadelo. — Ela comenta me deixando confuso. — Você sabe, a nossa briga, todos esses dias longe um do outro. É como se eu tivesse vivido um pesadelo. Eu acabei de acordar e você... você está aqui. — Pressiono os lábios.
— Eu sinto, Mel!
— Ei, eu não estou cobrando nada.
— Eu sei. — Ajeito uma mecha dos seus cabelos atrás da orelha e após beijá-la demoradamente no rosto, a fito em silêncio por um tempo. — Eu perdi o sentido da vida quando tia Lina partiu e... teve um momento que... eu quis morrer.
— Ei, não fala isso! — Ela diz preocupada, erguendo o seu corpo e se apoia em um braço, e com a outra mão acaricia o meu rosto.
— Você me salvou de novo, Melissa. Me deixou entrar na sua luz outra vez e me guardou lá dentro. — Um sorriso sacana brota nos seus lábios. E é lindo de se ver. Melissa beija a minha boca.
— Eu não sabia que trabalhava na companhia energia! — Ela ralha com humor e eu reviro os olhos.
— Sua chata!
— Eu te amo! — Tenho vontade de dizer o mesmo para ela, mas estou com medo, então apenas lhe beijo outra vez. — Eu vou tomar um banho e podemos ir comer, o que acha? — Mel faz menção de sair da cama, mas eu a impeço.
— Nada disso, mocinha! Eu estou faminto e você dorme demais! — retruco e o som da sua risada logo preenche os meus ouvidos reverberando por todo o meu corpo, o agitando inteiro.
— É que... eu não dormi bem esses dias — confessa me fazendo suspirar contrariado porque eu sei que sou o culpado disso também.
Melissa praticamente pula para fora da cama, porém, eu permaneço lá e observo com gula o seu corpo completamente nu. Ela veste uma calcinha mínima e vermelha, e em seguida coloca a minha camisa por cima cobrindo a sua nudez. O conjunto sexy pra caramba que me faz ansiar por tomá-la em meus braços e fazê-la minha outra vez. Contudo, saímos do quarto comportados e de mãos dadas direto para a sala, e comemos como um casal de namorados melosos, com direito a levar comida na boca um do outro e a roubar de beijos.
— Eu preciso ir lá em casa — aviso de repente quebrando o nosso clima meloso.
— Mas, você volta, não é?
— O quê? Pra dormir naquela cama apertada e desconfortável com você? — Ela faz um biquinho de desagrado. — Pode apostar que sim! — Mel abre um sorriso grande.
— Seu bobo! — ralha jogando um pedaço de bolinho primavera em mim. No ato eu franzo a testa demostrando o quanto o seu ataque me desagradou, mas o seu sorriso se amplia e ela se prepara para uma fuga épica.
— Ah, você não vai escapar dessa, Senhorita Jones! — retruco e me preparo para o meu ataque. Uma boa e bem recheada colher de creme de avelã com chocolate. Um gritinho agudo escapa da sua garganta, seguido de uma boa e sonora risada, e ela corre para a cozinha. Pobre coelhinha indefesa! Penso malévolo e a alcanço dentro do cômodo apertado, prendendo-a com o meu corpo contra o balcão.
— Aiden Cole, não se atreva! — Ela rosna divertida, mas não tenho a menor intensão de parar. Portanto, passo a colher pela maçã do seu rosto. — Oh, não! — Ela protesta com um gemido e imediatamente sou atraído pela minha bagunça. A minha língua se arrasta preguiçosa pelo doce no seu rosto e Melissa fecha os olhos para apreciar esse contato.
— Que delícia! — sussurro áspero, fito o seu olhar pesado e passo a colher pelo seu queixo e após limpar mais essa bagunça gostosa, largo a colher de todo jeito em cima do balcão e começo a fazer uma trilha de beijos pelo seu pescoço, e colo. Logo a tiro do chão e a faço sentar-se em cima do balcão. No entanto, antes de afastar a sua calcinha para o lado e de degustar o creme direto no seu monte do prazer, aprecio o desejo nu e cru em suas retinas.

O AcordoOnde histórias criam vida. Descubra agora