Capítulo 13

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Mel

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Mel

Eu sempre fui uma garota espaçosa, no bom sentido, claro. Se é que expulsar as pessoas da minha cama enquanto durmo tem um bom sentido. O meu pai sempre brincou com esse meu lado um tanto egoísta. Ele costuma dizer que no dia que eu me casar precisarei de uma cama sobre medida e ainda assim o meu marido corre um sério risco de dormir na beirada do colchão. Acho que ele não podia estar mais errado, porque dividir uma cama de solteiro com o Aiden por uma noite inteira provou o contrário da sua tese. Após chegarmos ao dormitório na noite passada, ele gentilmente me ajudou um com banho e devo dizer que os carinhos que fez durante esse ato me deixou completamente ansiosa por mais e sim, fizemos amor. Ai meu Deus, eu pensei que essas coisas só aconteciam nos filmes, mas acredite, aconteceu comigo! A sua boca estava por todas as partes do meu corpo, mas ela não me devorava como das outras vezes. Os beijos que saiam dela eram cálidos, lentos, preguiçosos e ardentes. Aiden não teve pressa alguma de explorar cada centímetro de pele e menos ainda de me levar ao ápice. Foram longas horas de um carinho excessivo, envolventes e gostosos que me fizeram delirar, e gemer o seu nome por várias vezes. E na cama, ele elevou os meus braços acima da minha cabeça, cruzou os seus dedos aos meus e os seus olhos se conectaram intensamente aprisionando os meus. Deus, assisti-lo me amar lento e dedicado foi esplendido e a parte mais excitante foi vê-lo ser arrastado sem reservas pelo meu prazer. Os sons que ele soltou, o suor borbulhando em seu rosto, o olhar perdido e pesado. Foi a primeira vez explodimos ao mesmo tempo. Não só eu, ou ele, mas nós dois. No fim, adormecemos coladinhos. Contudo, eu estava sorrindo à toa só de lembrar que ele cumpriu com a sua palavra de me salvar. E Aiden não podia ter chegado lá no memento mais preciso.

Então, agora estou aqui ainda deitada na minha cama. O sol já despertou faz tempo e eu não tenho noção de que horas são, e nem ouso olhar para o relógio digital em cima do criado mudo por trás dele, porque quero aproveitar os segundos que me restam o observando antes que ele acorde. Oh sim, é a primeira vez que isso acontece também, pois sempre que acordo encontro a o seu lado da cama vazio. Portanto, vou aproveitar o máximo que eu puder desse momento. Suspiro bem baixinho olhando para a sua pele clara, os cabelos escuros e cheios, o maxilar quadrado que dá uma firmeza incrível para o seu rosto másculo, as sobrancelhas cheias e igualmente escuras, os lábios grossos, cheios e rosados que dá vontade de beijar. Solto outro suspiro, esse para oprimir esse desejo insano e montá-lo e de acordá-lo com meus beijos. Contudo, quando ergo os meus olhos sinto as minhas bochechas queimarem. Na verdade, elas estão em chamas quando descubro que fui literalmente pega no flagra. Um par de olhos escuros e brilhantes estão me avaliando e droga, eu não consigo dizer nada!

— Bom dia, Senhorita Jones! — Oh céus, essa voz rouca de sono não está me ajudando com essa minha libido desenfreada! E esse maldito tom informal que ele insiste em usar uma ou outra vez? É para enlouquecer qualquer garota apaixona... Op's! Não! Não! Não! Isso não pode acontecer, Melissa Jones!

— Você não é tão especial quanto pensa, Melissa Jones. O nosso garoto não se apega a ninguém. Basta aparecer alguém mais interessante aparecer e ele te dará um pé na bunda como fez com muitas. Lembro-me das palavras ferinas de Brenice e engulo em seco. Eu sei que ela queria apenas me machucar dizendo tudo aquilo, mas sei também que ela não está errada. Aiden não me olha com olhos apaixonados, ele não fala de amor ou de paixões. Nem sei um dia ele se apaixonou por alguém de verdade e eu não posso me dar ao luxo de ser esmagada por um sentimento que eu nem deveria sentir por ele. Calma, Mel, vai ver você ainda está viajando nos efeitos na droga que bebeu na noite passada. É isso!

O AcordoOnde histórias criam vida. Descubra agora