Tons De Prazer | Hiatus

7 | Não tão mal

Maya e Leo (Narrado por Maya)

Aquela sexta-feira estava regada de amargura e raiva, as gotas de chuva caíam lentamente assim como as lágrimas que molhavam todo o meu rosto.

Meu namorado havia acabado de terminar por ligação, e nem ao menos me deu explicação sobre o motivo do término.

Estava observando o céu cair lá fora pela janela do meu quarto, até que ouço meu celular tocar.

Enxugo as lágrimas do rosto e nem sequer me dou o trabalho de ver quem me ligava

- Alô? - Minha voz saiu abafada por conta do choro.

- Você está bem?

Era Léo, meu melhor amigo, me conhecendo bem, já deve ter notado que estava chorando.

- Ah, eu, é, estou bem - Digo por fim.

Nem eu acredito na minha própria farsa.

- Eu estou indo aí.

- Mas...

Nem tive tempo de responder, ele desligou o telefone no mesmo instante.

Com certeza chegaria aqui encharcado pela chuva.

Eu sou um peso morto, literalmente.

Enquanto o esperava chegar, fiz um café e fiquei lendo um livro qualquer.

Não demora muito e a campainha toca.

Vou até a porta correndo para abrir a porta, pois estava chovendo muito e ele certamente estaria encharcado.

Como previsto.

Abro caminho para que ele entre dentro de casa.

- Não precisava ter vindo, olha só como você ficou.

Ele me abraça imediatamente, notando meus olhos vermelhos, e fica ali fazendo cafuné em mim, minha roupa ficou totalmente molhada.

- Eu viria quantas vezes fosse necessário, e não me importam as circunstâncias, só lembre disso.

Eu me aconchego mais em seus braços, o apertando forte e chorando tudo o que tinha para chorar.

Ele dá um beijo no topo da minha cabeça e desfaz nosso abraço para fechar a porta atrás de si.

- Vem, precisamos de um banho.

Eu digo subindo as escadas e tirando as roupas conforme subia os degraus.

- Espera?! A gente vai tomar banho junto? - Ele pergunta incrédulo, uma gracinha.

- Não é óbvio? Vem logo, está tudo bem, já tô até melhor.

Bom, eu realmente estava, talvez o episódio de mais cedo tenha me deixado triste, mas não vou me deixar abalar por conta daquele babaca.

Chegando até o banheiro eu deixo a torneira da banheira ligada, para que assim ela possa encher e tomarmos um banho relaxante.

Depois de já cheia, eu entro nela, sentindo todo o meu corpo relaxar conforme vou colocando todo ele dentro dela.

Jurei que meu melhor amigo não subiria, mas assim que entrei na banheira ele apareceu na porta absurdamente gostoso e nú.

Ok, talvez eu tenha uma quedinha pequenininha por ele.

Sempre desconfiei que sentia atração por ele, mas preferi não admitir para mim mesma, afinal eu estava namorando, mas agora, eu tô simplesmente livre e solteira.

Eu fico o observando de cima a baixo com um sorrisinho sacana no rosto.

- Nada mal.

Ele ri, e vem até a banheira, agachando-se ao meu lado apenas para me provocar.