19 | Colegas de quarto

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Li e Lizzie (Narrado por Lizzie)

Flores, sol brilhando, o verde vivo das copas das árvores, nada disso combinava com o meu humor sombrio e com minha realidade fodida.

Mais uma vez a vida havia me dado uma rasteira que me deixou acabada e um pouco abalada com mais uma surra habitual. Ótimo.

Todo esse meu mau humor se dá pelo simples fato de ter tido o azar de perder o meu emprego, e isso foi o estopim para mim.

Os dias que se decorreram antes disso haviam amanhecido tão bonitos e coloridos que eu fazia questão de parar e voltar minha atenção inteira para a beleza do lugar ao meu redor, mas hoje? Hoje, só o que consigo fazer é caminhar de volta para casa desanimada e reclamar por ter sido "abençoada" com mais uma chuva de azar.

Nem mesmo Dony - meu fiel cachorro - foi capaz de conseguir mudar o meu humor. Cheguei em casa com cara de poucos amigos e fui para a minha "toca", sem nem dar "oi" para o meu colega de quarto que é claro, desconfiou, pois já era um costume meu chegar em casa e sorrir amigavelmente e presentear o garoto com um animado assunto de trabalho ou apenas um aceno e um rápido sorriso.

- Está tudo bem, Lizzie? - Ele pergunta parado na porta do quarto.

O rosto bonito me prende a atenção por alguns milésimos de segundos e então volto para a terra e o respondo rapidamente:

- Nada bem, Li - Sorrio triste e cabisbaixa e ele vem até mim, sentando-se ao meu lado na cama.

- Me conte - Ele pede me olhando.

Suas íris castanhas são como um imã atraindo o meu olhar ao seu. Recupero-me do pequeno baque e o respondo:

- Perdi meu emprego. Terei que fazer a última coisa que gostaria de fazer; pedir ajuda financeira aos meus pais - Termino, pondo as mãos no rosto sem saber o que fazer daqui pra frente.

Li põe as mãos pesadas em meu ombro me confortando, seu toque é firme e de certa forma me faz relaxar conforme ele aperta o lugar me fazendo uma pequena massagem.

- Vai ficar tudo bem, Lizzie. Me deixa te fazer se sentir melhor?
- Ele pergunta baixinho me pegando de surpresa, será que...? Não, não pode ser.

Me viro em sua direção para fitar seu rosto tentando achar algo que me indique que ele está me zoando. Nada.

Ele fala sério. Sei das suas intenções, seu tom de voz mudou ao fazer-me aquela pergunta cheia de malícia, mas só por via das dúvidas decidi me fazer de tonta.

- Me ajudar? Como vai fazer isso? - Pergunto tentando soar o mais natural possível.

- Você vai saber se me deixar te mostrar - Sussurra novamente e quase me engasgo ao sentir sua palma grande apertando suavemente minha cintura por cima da blusinha fina.

Balanço positivamente minha cabeça, com os arrepios que seus toques me causam subindo dos pés à nuca.

Ele sorri de lado, daquele seu jeito único que me desestabiliza quase que imediatamente e logo depois desce o rosto na altura do meu.

Nossos olhares se prendem por três segundos que mais parecem três horas e então ele me beija. Suas mãos continuam em minha cintura, me apertando, me pressionando com ainda mais força contra seu corpo.

Em um movimento ágil, Li me põe em seu colo, com uma perna em cada lado do seu corpo e aí passo a me esfregar lentamente sentindo a fricção gostosa do seu membro rígido em contato com a minha intimidade já molhada.

Li, geme baixinho com os lábios grudados aos meus e desce as mãos para minha bunda, apertando a carne e me esfregando ainda mais contra ele.

Separo nossos lábios para obter mais fôlego e dou de cara com seu sorriso lindo. Seus lábios estão mais avermelhados por conta da rodada de beijos de segundos atrás e seus olhos brilham em minha direção.

Tons De Prazer | Hiatus Onde histórias criam vida. Descubra agora