III - Primeiro Toque

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Não me surpreende que Alessandro não solte minha mão de maneira alguma desde que me estende ela para que eu desça do carro

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Não me surpreende que Alessandro não solte minha mão de maneira alguma desde que me estende ela para que eu desça do carro. Meu coração parecia estar recebendo doses extras de adrenalina durante o curto trajeto, e quando fomos nos sentar, me surpreende que ao invés de sentar a minha frente, ele se sente ao meu lado na mesa, acariciando o dorso da mão com o polegar. É extremamente difícil controlar para que minha pele não se arrepie constantemente, principalmente quando ele leva nossas mãos juntas para sua coxa e as apoia ali.

Olho constantemente para os lados, na magnitude de pensar que poderiam nos ver, mesmo que não deva nada para ninguém e que o simples toque permaneça oculto por debaixo da toalha.

Quando uma moça se aproxima para retirar nosso pedido, Alessandro se apressa em pedir o cardápio especial do dia e eu apenas lhe encaro com uma sobrancelha arqueada.

-O quê? -Ele pergunta com um sorriso contido diante de meu olhar. -Confie em mim, querida. -Completa e seu sorriso se abre mais, mesmo que seus olhos se desviem.

Sinto imediatamente o ardor familiar em minhas bochechas, não preciso de um espelho para saber que estou corada com o seu "querida."

Durante o almoço, desviamos todo nosso jogo de mentiras para longe, conversando amenidades e até mesmo assuntos relacionados ao nossos cargos como parlamentar.

Realmente, ele sabia o que fazia quando pediu nosso almoço. O prato de macarrão com lagostim estava delicioso, sendo este o único momento pela qual ele realmente soltou nossas mãos unidas, para que pudéssemos almoçar. Logo, a sobremesa de pudim de chocolate me ganhou completamente, ele rindo baixinho quando involuntariamente gemi na primeira colherada.

O Almoço transcorreu sem stress, calmo, divertido e me trazendo constantes lembretes que havia ainda dentro de mim uma Simone que sabia ser leve, sabia rir e podia ser honestamente divertida.

Quando nosso almoço chega ao fim, Alessandro se põe de pé para afastar minha cadeira e me estende novamente sua mão, esta que ele solta apenas quando já estou dentro de seu carro, prontos para voltar para o congresso.

A viagem é leve, realmente suave e vejo em Alessandro detalhes ocultos de um ser humano realmente excepcional, honesto e extremamente atencioso.

Me sinto calma, relaxada e confortável ao seu lado. Coisa essa, realmente rara em minha vida. Mas, o alívio dura pouco, meu corpo congelando totalmente e o ar saindo de meus pulmões quando Alessandro está prestes a estacionar e nossos olhos encontram juntos o passo rápido e irritadiço de ninguém menos que meu marido.

 Mas, o alívio dura pouco, meu corpo congelando totalmente e o ar saindo de meus pulmões quando Alessandro está prestes a estacionar e nossos olhos encontram juntos o passo rápido e irritadiço de ninguém menos que meu marido

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Em Nome do Argumento - Simone e Alessandro - SimolonOnde histórias criam vida. Descubra agora