Alessandro dormia esparramado nos lençóis, seu respirar tranquilo enquanto eu não conseguia relaxar, mesmo depois de tudo.
Desta vez, nós nos tocamos com calma, carinho, lentidão. Olhos nos olhos, ele me acariciando o tempo todo. Seu olhar vagueava por mim e suas mãos o acompanhavam, desvendando todos os centímetros de pele e me deixando ao ponto da pele arder.
É deliciosamente doloroso e irresistível o desejo que esse homem é capaz de produzir em cada célula minha.
Sua voz rouca em meu ouvido me dizendo para respirar, quando tudo dentro e mim parecia prestes a explodir.
-Hey, olhe pra mim... -Me disse beijando minha bochecha, então esfregando seu nariz no meu. -Você goza comigo, linda?
E meu balançar de cabeça desesperado, ou o congelar e tremer de meu corpo quando minha boca sua seu lábio inferior... Eu não sei. Tudo é intenso demais, mas a gente treme juntos, ele gemendo e puxando minha boca na sua, suas mãos grandes uma segurando quente meu rosto e a outra afundada em minha coxa.
É delicioso, como tudo com ele.
Depois do amor lento, por que sim, aquilo era amar outra pessoa, se amar junto do outro e era uma sensação divina, nós ficamos na cama bagunçada, agora deitados nos travesseiros e Alessandro dorme em meu peito, ressonando baixinho.
Sem uma grama de sono, me levanto cuidadosa para não o despertar e tomo um bom banho. Em seu closet, olho curiosa as roupas dispostas e agarro uma camisa que o vi usar semanas atrás, quando me beijou em meu gabinete.
A visto junto de minha calcinha, saindo silenciosa do quarto e rumando para a cozinha.
Vejo minha bolsa esquecida, confiro meu celular e respondo rapidamente algumas mensagens, inclusive de minhas filhas.
Depois de ajeitar a ilha, lavar as xícaras e colocar uma nova água para ferver, estou em meu segundo gole quando ouço o som do chuveiro, então em breve os passos de um Alessandro de banho tomado, cabelos penteados para trás, camiseta e cueca aparecem na cozinha, me encarando sorrateiros. Primeiro ele encara meu rosto, então meu pescoço, a caneca em minhas mãos e o ao longo de minhas pernas.
-Posso me acostumar com isso. -Ele diz e vem em minha direção, tirando a xícara de minhas mãos e dando um gole, logo a devolvendo.
-Com o quê?
-Com você de cabelos soltos, camiseta e nada mais em minha cozinha.
O rubor parece subir desde meus pés e só pára quando toca em minhas bochechas.
-Você terá que comprar chás melhores.
Isso lhe faz rir, um riso bobo que adoro então ele se aproxima mais, beijando minha bochecha e logo aconchegando seu rosto em meu pescoço.
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Em Nome do Argumento - Simone e Alessandro - Simolon
أدب الهواةDentre as quatros paredes prestes a desabar de um casamento já em ruínas, Simone escuta atenta a confissão do marido sobre a quebra de uma única promessa feita entre os dois. Diferente da imagem pacífica que a sociedade tem sobre ela, o sangue da m...