XXV- Diná

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Um mês antes.

Acordo procurando Alessandro na cama

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Acordo procurando Alessandro na cama.

O sol brilha alto e ofusca meus olhos com tanta claridade. A cama está vazia ao meu lado.

Corro a língua em meus lábios secos, me perguntando como parei na cama.

Depois de nosso banho, preparei um chá na cozinha de Alessandro e ele apareceu ali minutos depois, com os cabelos penteados para trás e vestindo cueca e camiseta.

Ele se senta na bancada, observando meus movimentos e tento sorrir em sua direção quando empurro a xícara de chá para ele.

Ale pega a sua, então segura minha mão e me leva para a sala, sentando no sofá e me puxando para seu peito, como estávamos na banheira, com a diferença de cada um tomar de sua caneca.

Ele desenha padrões em minha coxa nua, um carinho nada malicioso, apenas seus dedos desenhando ondas enquanto ouvimos o som das próprias pertinho, quebrando na beira mar.

—Descanse... —Ele sussurra em meu ouvido, me abraçando mais forte quando tira a xícara vazia de minhas mãos e a deixa no tapete, junto da sua.

Levanto da cama um pouco relutante, mas fico disposta novamente quando encaro pela janela e vejo Alessandro na beira mar, de bermuda e camiseta encarando as ondas ao longe.

Coloco um vestido, talvez o mais leve que trouxe, azul como o céu e com pequenas flores brancas estampadas, de longe parecem apenas pontinhos.

Escovo meus cabelos, depois meus dentes e desço para o andar inferior, encontrando o sanduíche na bancada junto da jarra de suco.

Há um bilhete junto do café da manhã claramente tardio.

"Fiz pra você. Espero que goste. Estou na praia, não devo demorar. A.M."

Me sento na bancada, como o que ele preparou para mim e observo ao redor.

As louças que usamos na noite anterior para o chá já estão limpas no escorredor. Nossas roupas perdidas já não estão mais ali. Isso só me faz ter a certeza que Alessandro já acordou há muito, muito tempo.

Recordo de nossa noite, de como eu estava feliz com ele, de como amar sua pele foi mágico. Mas também não posso esquecer da maneira como em meio ao nosso ato ele simplesmente me encarou nos olhos e pareceu viajar para uma terra distante, congelando e parecendo perdido.

Não nego, talvez eu tenha o pressionado demais, desejado respostas que ele não poderia me dar. Ou talvez ele tenha dito tudo, e foi eu quem não conseguia, não sabia como pronunciar o que já sabia sentir.

Como eu poderia dizer para ele que o queria, que o estava amando mas que não poderia me separar? Como contaria de minhas promessas, das juras feitas e de todo o desespero que me acerca no pensar de como o que sinto pode virar contra mim, ferindo nós dois muito além dos sentimentos.

Em Nome do Argumento - Simone e Alessandro - SimolonOnde histórias criam vida. Descubra agora